Estupro coletivo de jovem no Ceará tem três policiais militares como suspeitos

Os policiais teriam abordado a vítima enquanto estavam de serviço e oferecido uma carona na viatura. Os militares foram afastados das suas funções

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
A portaria da CGD foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (28)
Legenda: A portaria da CGD foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (28)
Foto: Fabiane de Paula

Três policiais militares estão sob suspeita de participarem de um estupro coletivo contra uma jovem no Estado do Ceará. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) investiga a participação dos agentes no crime ocorrido no último fim de semana, em Fortaleza.

Nesta sexta-feira (28), o órgão controlador instaurou portaria para apurar a conduta dos PMs. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) um subtenente e dois soldados, teriam participado do crime que teve com vítima uma mulher que aguardava um motorista de aplicativo e estaria sob efeito de álcool quando foi violentada.

A reportagem apurou que os PMs estavam de serviço e teriam oferecido uma carona a vítima na viatura policial. Conforme depoimento da testemunha, o crime aconteceu na madrugada do último dia 23 de janeiro. A mulher se desencontrou de alguns amigos e teria ficado sozinha em uma calçada de um bar no Conjunto Ceará.

Foi quando a viatura se aproximou e os militares começaram a conversar com a vítima. Eles teriam dito que poderiam oferecer a ela uma carona porque o destino para onde ela iria estava na rota deles. Após saírem do local, a viatura parou em uma estrada carrocável e os policiais teriam pedido para a vítima descer.

Os PMs devem ficar afastados das funções durante 120 dias.

Segundo depoimento da mulher, ela não recorda com exatidão o que aconteceu depois, mas lembra que um dos policiais apertou seu seio e ela ficou sem o short. A vítima teria sido estuprada primeiro pelo motorista da viatura.

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"Após o ato sexual deixarem-lhe na casa de uma amiga, onde tomou banho, contou o ocorrido e se dirigiu a unidade policial para denunciar o crime, tendo realizado exame de corpo de delito", segund a portaria da CGD. A documentação apontou elementos mínimos acerca da autoria e materialidade e demonstrou, em tese, a ocorrência de uma infração disciplinar por parte dos militares.

A CGD afirma que a partir dos fatos foi determinado imediato afastamento dos investigados das suas funções e instaurado conselho de disciplina para apurar as condutas transgressivas a eles atribuídas. 

 

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