Condenado por matar agente da PRF na frente da esposa há oito anos, no Joaquim Távora, é preso
Ele foi sentenciado a cinco anos e quatro meses de prisão pela morte do policial rodoviário federal

Um homem condenado por matar um policial rodoviário federal na frente da esposa durante uma tentativa de assalto ocorrida há oito anos foi preso na última quarta-feira (26), no bairro Alagadiço Novo, em Fortaleza. O crime aconteceu em julho de 2013, no Joaquim Távora, também na capital cearense.
Márcio Brendo Bandeira de Oliveira, 28, foi preso na época do crime e, em setembro de 2014, foi julgado e condenado pela tentativa de assalto que resultou na morte do servidor público. Porém, ele recorreu à Justiça e foi solto no mês seguinte.
A Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) cumpriu o mandado de prisão definitiva, expedido último dia 11 de maio, porque ele foi condenado em segunda instância no fim de 2020.
O homem foi sentenciado a cinco anos e quatro meses de prisão pela morte do agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Alcino Bernardino de Souza, de 52 anos, natural de Pernambuco.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, Márcio Brendo já tinha passagens por receptação, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito, além de desobediência, em um imóvel da região do Alagadiço Novo.
Respondendo em liberdade
Desde que recorreu à Justiça, ele estava respondendo em liberdade. Porém, como no fim de 2020 foi sentenciado em segunda instância, teve a prisão definitiva decretada no último dia 11 de maio.
A defesa perdeu o prazo legal para recorrer junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e agora não cabe mais recurso, embora alegue que Márcio Brendo tenha direito a cumprir a pena em regime semiaberto pelo tempo que ficou preso.
O crime
O fato aconteceu em julho de 2013, no Joaquim Távora, quando o servidor público chegava com a esposa à casa onde moravam, situada na esquina das ruas Antônio Furtado e Fiscal Vieira.
Na ocasião, o policial rodoviário federal foi surpreendido pelos suspeitos em uma tentativa de assalto. Ele reagiu e foi baleado, e morreu no local.
À época, Márcio Brendo, que tinha 20 anos, foi preso com um revólver calibre 38, municiado com seis projéteis. Ele foi conduzido ao 2º Distrito Policial (Aldeota), onde foi lavrado um flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo a Polícia Militar, quatro pessoas teriam participado diretamente da ação delituosa. Testemunhas relataram, no 4º DP (Pio XII), que duas pessoas em uma moto teriam surpreendido o agente da PRF e a esposa, que estavam em um Golf prata. Um intenso tiroteio aconteceu, e um criminoso ficou ferido.
Comparsas
Outros comparsas, que estavam no EcoSport preto, davam apoio à tentativa de assalto. Eles se aproximaram e um efetuou vários disparos contra o policial rodoviário federal, que não resistiu aos ferimentos.
Outra pessoa que estava no carro se encarregou de levar o assaltante, que estava baleado e caído no chão, para o Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro. Tratava-se de Marlon de Castro dos Santos, 15 anos, que morreu na Emergência.
O veículo usado pelos criminosos foi encontrado naquela mesma noite, em um lava-jato localizado no Castelão. Na ocasião, ainda estava sujo com o sangue do adolescente baleado.