Ceará envia agentes e viaturas para o Rio Grande do Norte após ataques

Ataques iniciaram na última terça-feira (14) e atinge pelo menos 39 cidades

Escrito por Redação ,
tropa de policiais enviados para o rio grande do norte
Legenda: Foram enviados 32 policiais militares e 10 viaturas do Ceará para o RN
Foto: Divulgação

Ao menos 39 cidades do Rio Grande do Norte, entre elas, a capital Natal, estão registrando uma onda de ataques criminosos desde a última terça-feira (14). Devido à gravidade dos episódios, o ministro da Justiça Flávio Dino autorizou o envio de agentes da Força Nacional para Estado.

O Governo do Ceará também resolveu auxiliar no combate a crise de segurança e enviou, na manhã desta sexta-feira (17), 32 policiais militares e 10 viaturas. Os agentes foram deslocados do Quartel do Comando Geral com destino a Mossoró.

PRF-CE também enviará agentes

A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também enviará agentes para auxiliar no combate aos ataques no Rio Grande do Norte. 

A PRF realizará uma operação envolvendo estados da Região Nordeste, que estão enviando policiais rodoviários federais para reforçar a segurança nas estradas do Rio Grande do Norte.

O objetivo dos servidores é coibir práticas criminosas nas rodovias federais em terras potiguares. A PRF irá atuar junto a outros órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais.

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Ataques em cidades

A onda de violência registrada no Rio Grande do Norte está relacionado com exigência por melhores condições nos presídios do Estado. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) do Rio Grande do Norte.

Ataques no Rio Grande do Norte atingem pelo menos 39 cidades
Legenda: Ataques no Rio Grande do Norte atingem pelo menos 39 cidades
Foto: Reprodução/Redes sociais

O titular da Pasta, Francisco Araújo, disse que a ordem para a onda de violência partiu do interior do sistema de privação de liberdade. Segundo ele, os detentos exigiram ter acesso a televisores e a visitas íntimas, entre outros pedidos.

Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal", afirmou.

Inicialmente, a Sesed divulgou que a série de ataques era uma represália a ações de combate ao tráfico e ao crime organizado. 

Um detento apontado como líder de facção foi transferido nessa terça-feira da Penitenciária de Alcaçuz, a maior unidade prisional do estado, localizada em Nísia Floresta, na Região Metropolitana de Natal, para uma unidade federal.

Outro suspeito apontado como um dos organizadores dos ataques foi morto em confronto com policiais na Paraíba — ele integraria o grupo organizado que atua no Rio Grande do Norte. 

"Nós temos investigações, tanto da Polícia Civil, como da Polícia Federal e Ministério Público, de possíveis pessoas que estavam presas com esse líder da organização criminosa que foi transferido ontem à noite, de ter ordenado esses ataques. Ele estava preso em Alcaçuz, recebeu visitas e, pelas investigações, tem indícios de ele ter dado ordem para fazer esse tipo de ação", declarou Araújo, conforme o g1.

Nesta sexta-feira, a operação Normandia da Polícia desarticulou uma organização criminosa conhecida por atuar no tráfico de drogas, além de realizar assaltos e atentados contra policiais. A suspeita é de que a quadrilha tenha envolvimento nos atos criminosos dos últimos dias. Foram cumpridos 54 mandados judiciais contra 22 pessoas. 

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