Vídeo registra a história de Guaramiranga
Escrito por
Redação
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Jornalista Marcy Barsi voltou ao Maciço de Baturité para gravar ´Guaramiranga: ontem, hoje e sempre´
Fortaleza. Por alguns minutos, passado e presente se encontram. E a história de um povo é, finalmente, narrada com base nas lembranças, nos documentos e nos relatos de antigos moradores. Fatos peculiares, mas considerados importantes para compreender o progresso de uma cidade, estão muito bem explícitos no documentário “Guaramiranga — Ontem, Hoje e Sempre”, da jornalista e editora de imagens Marcy Barsi, brasileira residente em Londres há 28 anos, onde trabalhou como produtora de vídeos na TV Globo e, atualmente, para a TV Francesa. O resultado deste projeto, idealizado há seis anos e concluído em 2004, passou a ser uma referência na história de uma pequena cidade cearense, localizada no Maciço de Baturité. É a identidade de um povo simples, mas que carrega o orgulho de ser natural de Guaramiranga.
Emocionada e saudosista, Marcy contou os motivos que a levaram a produzir o documentário e a importância deste projeto para sua vida pessoal, uma vez que possui raízes familiares em Guaramiranga: seu pai nasceu na serra.
“A idéia surgiu em buscar informações sobre a origem da minha família. Antes de começar a produzir o vídeo, voltei para Londres com muitos materiais, passei a estudar a história da cidade e analisar diversos documentos que os moradores tinham entregue a mim. Quando comecei a gravar o documentário, fui de porta em porta, perguntando às pessoas informações sobre a cidade”, conta. Marcy lembra que foram cinco semanas de gravação, totalizando, aproximadamente, 20 horas de imagens.
No início, ela contou com a ajuda da amiga Maria Cristina Barbosa, do Rio de Janeiro. “Ela passou dez dias trabalhando comigo, depois fui pesquisar sozinha, com minha câmera e meu tripé”, lembra. E completa: “depois de passar cinco semanas, saí com um material muito mais rico. Descobri que Guaramiranga é uma cidade cheia de artes, todos os jovens envolvidos com a música. Então, quando cheguei em Londres eram o passado e o presente que estavam comigo”. E o resultado não poderia ter sido diferente. “Tínhamos feito uma linha de filmagem com as famílias mais tradicionais. Com o tempo, vai se adquirindo um contato mais próximo com a população da cidade”.
De acordo com a jornalista, o período de gravação do documentário é responsável por se criar um elo diferente com a cidade. Isso porque os moradores passam a apreciar a sua identidade e ter mais respeito com o município.
“Nossa história é fruto do presente e do nosso passado”. No dia de exibição do documentário, no pequeno Teatro Rachel de Queiroz, Marcy relembra, com carinho, a atenção dos moradores ao assistir ao vídeo que conta sua própria história, sem esquecer os mínimos detalhes. “Antes de começar, não havia um som no teatro. As pessoas riam, respondiam ao que estava acontecendo. Quando acabou, uma senhora me agradeceu por tê-la lembrado da história que ela já estava quase esquecendo”. São fatos marcantes narrados com bastante delicadeza.
História
Antes de iniciar a história sobre suas raízes familiares, Marcy Barsi aproveitou os primeiros minutos de gravação para contar como surgiu Guaramiranga, a importância econômica desta cidade para o Maciço de Baturité e fatos peculiares, mas ricos em informação, como a moeda criada para ser usada na troca de café na Fazenda Bom Sucesso, pelos pequenos produtores da região.
“É uma história muito rica, muito bonita. Vejo hoje e continuo a perceber que a bagagem que você traz é adquirida no passado”, diz. O reconhecimento obtido no dia de exibição do vídeo, fez com que Marcy pensasse em voltar à cidade para ver as mudanças. “Antes de voltar novamente à Guaramiranga, passei uns dois anos sem assistir ao vídeo”. No entanto, o contato novamente com o vídeo e com a terra em que seu pai nasceu são motivos para deixá-la bastante emocionada. “Creio que o tempo em que passei em Guaramiranga foi pouco. Precisava viver mais. Hoje, ao voltar à cidade, percebo que o vídeo foi um novo sopro de vida. Mostra Guaramiranga como foi e como é e pode voltar a ser uma região, uma cidade pertencente ao povo. Espero que as pessoas sintam-se mais valorizadas, porque a história delas é uma forma de resgatar a auto-estima da população, ajudando o crescimento da cidade”, diz. O documentário “Guaramiranga — Ontem, Hoje e Sempre” está disponível na Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (Agua). Moradores e turistas podem ter acesso ao vídeo para estudar, apreciar ou, simplesmente, relembrar os fatos históricos da cidade de Guaramiranga.
MAURÍCIO VIEIRA
Repórter
Mais informações:
Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga - Agua
Rua Joaquim Alves Nogueira s/n
Guaramiranga - CE
(85) 3321.1405
Fortaleza. Por alguns minutos, passado e presente se encontram. E a história de um povo é, finalmente, narrada com base nas lembranças, nos documentos e nos relatos de antigos moradores. Fatos peculiares, mas considerados importantes para compreender o progresso de uma cidade, estão muito bem explícitos no documentário “Guaramiranga — Ontem, Hoje e Sempre”, da jornalista e editora de imagens Marcy Barsi, brasileira residente em Londres há 28 anos, onde trabalhou como produtora de vídeos na TV Globo e, atualmente, para a TV Francesa. O resultado deste projeto, idealizado há seis anos e concluído em 2004, passou a ser uma referência na história de uma pequena cidade cearense, localizada no Maciço de Baturité. É a identidade de um povo simples, mas que carrega o orgulho de ser natural de Guaramiranga.
Emocionada e saudosista, Marcy contou os motivos que a levaram a produzir o documentário e a importância deste projeto para sua vida pessoal, uma vez que possui raízes familiares em Guaramiranga: seu pai nasceu na serra.
“A idéia surgiu em buscar informações sobre a origem da minha família. Antes de começar a produzir o vídeo, voltei para Londres com muitos materiais, passei a estudar a história da cidade e analisar diversos documentos que os moradores tinham entregue a mim. Quando comecei a gravar o documentário, fui de porta em porta, perguntando às pessoas informações sobre a cidade”, conta. Marcy lembra que foram cinco semanas de gravação, totalizando, aproximadamente, 20 horas de imagens.
No início, ela contou com a ajuda da amiga Maria Cristina Barbosa, do Rio de Janeiro. “Ela passou dez dias trabalhando comigo, depois fui pesquisar sozinha, com minha câmera e meu tripé”, lembra. E completa: “depois de passar cinco semanas, saí com um material muito mais rico. Descobri que Guaramiranga é uma cidade cheia de artes, todos os jovens envolvidos com a música. Então, quando cheguei em Londres eram o passado e o presente que estavam comigo”. E o resultado não poderia ter sido diferente. “Tínhamos feito uma linha de filmagem com as famílias mais tradicionais. Com o tempo, vai se adquirindo um contato mais próximo com a população da cidade”.
De acordo com a jornalista, o período de gravação do documentário é responsável por se criar um elo diferente com a cidade. Isso porque os moradores passam a apreciar a sua identidade e ter mais respeito com o município.
“Nossa história é fruto do presente e do nosso passado”. No dia de exibição do documentário, no pequeno Teatro Rachel de Queiroz, Marcy relembra, com carinho, a atenção dos moradores ao assistir ao vídeo que conta sua própria história, sem esquecer os mínimos detalhes. “Antes de começar, não havia um som no teatro. As pessoas riam, respondiam ao que estava acontecendo. Quando acabou, uma senhora me agradeceu por tê-la lembrado da história que ela já estava quase esquecendo”. São fatos marcantes narrados com bastante delicadeza.
História
Antes de iniciar a história sobre suas raízes familiares, Marcy Barsi aproveitou os primeiros minutos de gravação para contar como surgiu Guaramiranga, a importância econômica desta cidade para o Maciço de Baturité e fatos peculiares, mas ricos em informação, como a moeda criada para ser usada na troca de café na Fazenda Bom Sucesso, pelos pequenos produtores da região.
“É uma história muito rica, muito bonita. Vejo hoje e continuo a perceber que a bagagem que você traz é adquirida no passado”, diz. O reconhecimento obtido no dia de exibição do vídeo, fez com que Marcy pensasse em voltar à cidade para ver as mudanças. “Antes de voltar novamente à Guaramiranga, passei uns dois anos sem assistir ao vídeo”. No entanto, o contato novamente com o vídeo e com a terra em que seu pai nasceu são motivos para deixá-la bastante emocionada. “Creio que o tempo em que passei em Guaramiranga foi pouco. Precisava viver mais. Hoje, ao voltar à cidade, percebo que o vídeo foi um novo sopro de vida. Mostra Guaramiranga como foi e como é e pode voltar a ser uma região, uma cidade pertencente ao povo. Espero que as pessoas sintam-se mais valorizadas, porque a história delas é uma forma de resgatar a auto-estima da população, ajudando o crescimento da cidade”, diz. O documentário “Guaramiranga — Ontem, Hoje e Sempre” está disponível na Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (Agua). Moradores e turistas podem ter acesso ao vídeo para estudar, apreciar ou, simplesmente, relembrar os fatos históricos da cidade de Guaramiranga.
MAURÍCIO VIEIRA
Repórter
Mais informações:
Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga - Agua
Rua Joaquim Alves Nogueira s/n
Guaramiranga - CE
(85) 3321.1405