Sobral ultrapassa 800 casos de Covid-19 entre profissionais da saúde

Técnicos e auxiliares enfermagem são as categorias com mais casos de infecção

Escrito por Redação ,
Foto: Foto: Thaires Magalhães

O município de Sobral chegou a 824 profissionais da saúde infectados pelo novo coronavírus, segundo a plataforma IntegraSUS da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), nesta segunda-feira (19).. Destes, 821 já estão recuperados. A maior cidade da região Norte só aparece atrás de Fortaleza (6.395) neste ranking. Nenhum óbito foi registrado.  

Sobral chega a superar Juazeiro do Norte, que teve 516 profissionais da saúde infectados, mesmo tendo um número superior de casos da Covid-19. São 15.967 na terra do Padre Cícero e 12.495 no município da região Norte. 

Entre as profissões com mais infectados, técnicos e auxiliares enfermagem lideram com mais de um terço do total, tendo 316 casos (38,34%). Em seguida, aparecem enfermeiros (148), médicos (60), agentes comunitários de saúde (56) e fisioterapeutas (34). Do total acometido pela doença, 588 são mulheres e 236 são homens. O dia 7 de maio foi o intervalo com maior número de casos confirmados, 20. 

A fisioterapeuta do Hospital Regional Norte (HRN), Sávia Cavalcante, que teve a doença de forma leve, ainda em maio, acredita que hoje os profissionais de saúde trabalham de forma mais tranquila, devido a diminuição de casos. “A nossa rotina no início da pandemia foi bastante tensa, muitos plantões seguidos, muitos pacientes graves. Hoje já trabalhamos de forma mais calma”, revela.  

Apesar disso, ela se mantém receosa: "Não existe nada ainda que comprove sobre a possibilidade da reinfecção do coronavirus. Não temos certeza sobre imunidade, então o receio de um novo surto, uma nova infecção é ainda um pouco assustador”, completa. 

Milena Pinheiro, de 30 anos, ao contrário de Sávia, teve a doença de forma grave e ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI), chegando a ficar com 75% de sua respiração comprometida. “A princípio, estava sem sintomas respiratórios. Ninguém achou que era covid-19. Aí apareceu a tosse e vi que estava com 40% do pulmão comprometido e decidiram me internar”, lembra a fisioterapeuta do HRN.  

Ela assou sede dias internada na unidade em que trabalha. “Ainda é tudo muito novo, mas no começo tinha medo. Os médicos, cada um tinham uma conduta. Hoje, todos conversam a mesma língua. Eu, sendo uma paciente jovem, sem comorbidade, nenhuma doença, nenhum vício, mostra que a Covid-19 não tem idade. Ela não escolhe quem fica grave, mas hoje já tem medidas como segurar sem entubar o paciente e se recuperar bem”, diz Milena Pinheiro. 

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