Morador flagra jiboia de mais de 3 metros no rio Jaguaribe, em Iguatu; veja vídeo

A serpente não é venenosa e estava próxima à ponte em obra do projeto da Ferrovia Transnordestina. A cobra não foi capturada, já que estava em seu habitat

Escrito por Redação , regiao@svm.com.br

Uma cobra da espécie jiboia, medindo cerca de três metros e meio de comprimento, foi filmada por agricultores na manhã desta desta sexta-feira (14), no rio Jaguaribe. O encontro inesperado aconteceu na localidade de Gameleira, distante cerca de 4km do centro da cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará.

A serpente não é venenosa e estava próxima à ponte em obra do projeto da Ferrovia Transnordestina. “A cobra não foi capturada porque estava no habitat natural dela”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros de Iguatu, coronel Nijair Araújo. Em um vídeo enviado à reportagem, é possível observar o animal.

“A orientação que damos é para que as pessoas não tentem capturar ou mesmo matar o animal porque é crime ambiental”.

Um morador fez um vídeo da cobra dentro d’água no rio Jaguaribe. Outros informaram que a serpente estaria usando uma casa de taipa abandonada como abrigo. Há relatos, ainda, de que a cobra estaria comendo galinhas do agricultor, José Leandro.

Recorrência

É comum, a cada mês, ocorrer a apreensão de cobras próximas as casas de morares de áreas rurais e até de bairros em expansão nas áreas urbanas. Os Bombeiros de Iguatu informaram que, em junho passado, foram capturadas nove serpentes. Nos primeiros dez dias deste mês, este é o primeiro registro.

O subtenente do Corpo de Bombeiros de Iguatu, José Diniz, explica que a maioria de serpentes apreendidas é da espécie jiboia. "A captura se dá nas casas, por trás de móveis, no telhado ou em árvores. As cobras vão atrás de comida”, explica. Após a captura, o animal é devolvido à natureza em áreas onde há água e alimentação.

A expansão urbana e a ocupação de áreas que, anteriormente, eram de produção agrícola, favorecem a proximidade de animais silvestres nas casas. A observação foi feita pelo ambientalista, Paulo Maciel, da ONG Rio Jaguaribe. “A falta de alimentação no meio natural provoca um desequilíbrio e os animais vão para o entorno das casas atrás de alimentação”.