Mãe de garçom morto no RJ diz durante velório que sonho do filho era voltar a morar em Ipaporanga

Garçom pretendia construir uma casa próximo aos pais. Ele pretendia retornar para Ipaporanga no início do próximo ano

Escrito por Redação ,
Legenda: Corpo do garçom morto no Rio de Janeiro é velado na residência da família na cidade de Ipaporanga
Foto: Maristela Gláucia/Sistema Verdes Mares

A mãe do garçom Francisco Laércio de Paula Lima, de 26 anos, morto a tiros no Rio de Janeiro, no último sábado (9), revelou na manhã desta terça-feira (12), que o sonho do filho era de retornar para Ipaporanga e construir uma casa próxima a dos pais. A aposentada Maria do Socorro Paula Lima não escondia a revolta de ter perdido o filho.  O cearense foi morto com vários tiros e um deles atingiu a cabeça do garçom. A Polícia Militar afirmou que os policiais envolvidos no crime foram presos por desobediência de ordem e descumprimento de missão. Um inquérito policial militar foi aberto.

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Durante o velório que acontece na residência da familía, a aposentada contou o sonho do filho.  “O sonho dele era construir uma casinha para ele aqui. Ele sempre me dizia: mãe eu vou para casa e viver aí com meus dois velhinhos. Eu vou estar aí com a mãe, com meus velhinhos, ele nos chamava assim”, disse emocionada.  ‘Ele era só bondade. Fazia o bem para as pessoas. Para os amigos. Fizeram uma maldade para o meu filho”, lamentou.

A mãe lembrou que todos os dias o filho se comunicava com a família. Ou muito cedo quando informava que estava saindo para trabalhar, ou quando retornava do trabalho. “Todo dia ele chegava e dizia: mãe estou chegando do serviço. Quando ia sair avisava: mãe estou indo para serviço. A última vez que ele falou comigo foi no dia que aconteceu o negócio com ele”.

O pai do garçom, o agricultor Antônio de Paiva Lima, conversou com o filho dias antes da tragédia. Ele disse que o filho estava cansado de viver no Rio de Janeiro e fazia planos para voltar para o Ceará no início de janeiro do próximo ano. “Pai aqui já estou cansado. Estou querendo ir para ir até o fim do ano, início de janeiro ir embora de vez”, disse.

Protesto e pedido de Justiça

Durante a chegada do corpo em Ipaporanga, amigos, familiares e moradores realizaram uma passeata pedindo justiça. Cerca de 500 pessoas participaram do ato. O sepultamento vai acontecer na manhã desta quarta-feira (13), segundo a família.

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