Em Crateús, primeira indígena diagnosticada com Covid-19 é curada
A paciente, de 30 anos, da etnia Tupinambá ficou isolada na aldeia em que mora
No município de Crateús, a primeira paciente indígena cearense diagnosticada com Covid-19 recebeu alta na sexta-feira (24). Da etnia Tupinambá, Deuselina Ferreira, 30, apresentou o quadro sintomático da doença após uma viagem para Fortaleza.
As informações foram confirmadas pela Secretária de Saúde do município, Elizabeth Machado. "Ela é a primeira que positivou no Ceará e a primeira cura de uma etnia indígena no Estado. Ela chegou após uma viagem de 26 dias a Fortaleza com os sintomas. Então, a autoridade indígena percebendo a isolou e entrou em contato com a equipe médica da aldeia".
Segundo a responsável pela Pasta, Deuselina não ficou hospitalizada e, sim, isolada na própria aldeia, onde recebeu os cuidados necessários e cumpriu as recomendações dos órgãos de saúde. Com isso, não houve transmissibilidade do vírus para os outros moradores da localidade.
A equipe de profissionais da Unidade de Saúde de Maratoan, onde Deuselina foi atendida, comemorou a cura da paciente. Em vídeos publicados na rede social da jornalista local Samila Gomes, uma das enfermeiras celebra: "quero parabenizar a ela que cumpriu a quarentena de uma forma impecável e agradecer a equipe. É uma vitória de todos nós".
Dados do boletim epidemiológico da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) dessa sexta-feira (24) apontam que há apenas um caso confirmado da doença e cinco suspeitos entre populações indígenas no Ceará.
Cenário local
Enquanto isso, Cratéus apresenta 11 casos confirmados de Covid-19 e 89 em investigação, de acordo com dados da plataforma IntegraSUS da da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) deste sábado (25).
Já o Ceará, com casos 126 cidades, tem 5.320 indivíduos infectados e 298 mortes. Outros 17.320 casos estão sob investigação.