Covid-19: Macrorregião de Sobral tem maior índice de óbitos na faixa etária acima dos 60 anos, do CE

Das 1.479 mortes registradas por decorrência da Covid-19, 81,81%, isto é, 1.120, tinham mais de 60 anos. A média do Estado é de 78,31%

Escrito por Honório Barbosa , regiao@svm.com.br

A população acima de 60 anos tem maior risco de morrer por decorrência da Covid-19, segundo aponta estatística do IntegraSus, no Ceará, que segue a tendência observada em outros países. No Estado, das quatro macrorregiões de saúde, a de Sobral apresenta o maior índice: 81,81%. De um total de 1.479 óbitos, 1.210 foram observados em idosos acima de 60 anos e 579 acima de 80 anos. 

 

Em seguida, aparece o Sertão Central que registrou 537 óbitos, sendo 432 acima de 60 anos (80,44%) e 200 superiores a 80 anos. Já a  macrorregião Jaguaribe/Litoral Leste tem 385 mortes por Covid, sendo 306 acima de 60 anos (79,48%) e 145 para o público superior a 80 anos.   

Percentual próximo é observado no Cariri, que dos 1.062 óbitos, 840 estão na faixa etária acima de 60 anos (79,09%) e 409 para a população acima de 80 anos. 

Já a macrorregião de Saúde de Fortaleza registrou 5.863 mortes por Covid-19, sendo 4516 (77%) acima dos 60 anos de idade e 1.776 acima de 80 anos. 

A média geral do Ceará é de 78,31%. De um total de 9.326 óbitos pela doença7.304 foram de pessoas acima de 60 anos, ou seja, 78,31%. Os números foram extraídos, nesta quinta-feira, às 17h, da plataforma IntegraSus, da Secretaria da Saúde do Estado. 

Vulnerabilidade  

Para a presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Sayonara Cidade Moura, a Covid-19 “afeta com maior gravidade os pacientes mais velhos por apresentar um sistema imunológico mais frágil”. 

“O vírus é mais perigoso para quem tem mais de 70 anos”, acrescenta o médico cardiologista, Clécio Barbosa. “Essa faixa etária apresenta sintomas graves e geralmente tem necessidade de internação e cuidados em UTI”. 

O enfermeiro e assessor técnico da Secretaria de Saúde de Iguatu, Rafael Rufino, lembrou que os infectologistas já alertam desde o início da pandemia que “a população idosa é mais susceptível e em particular os que têm as chamadas doenças de base ou comorbidades”. 

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