Legislativo Judiciário Executivo

Senadora Augusta Brito integra grupo que articula votos favoráveis a Flávio Dino no Senado

Titular da CCJ, a parlamentar alegou estar convicta da "alta capacidade" e do merecimento do aliado para ocupar uma vaga no STF

Escrito por Bruno Leite , bruno.leite@svm.com.br
Senadora Augusta Brito
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Uma das três representações cearenses no Senado Federal habilitadas a votar em Flávio Dino (PSB), indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga ociosa no Supremo Tribunal Federal (STF), a senadora Augusta Brito (PT) também integra um grupo de parlamentares que busca angariar mais votos para o postulante. 

A informação da participação no agrupamento foi confirmada pela própria petista em entrevista ao Diário do Nordeste nesta quinta-feira (7), quando esteve na Caravana Federativa, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

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"Faço parte de um grupo que vem aí para aproximar o nosso querido Flávio Dino para conversar com outros senadores e senadoras que não estão tão próximos", disse a política. 

Augusta Brito também é uma das titulares da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa. A instância colegiada será a responsável por realizar uma sabatina com o indicado antes de sua candidatura ser votada pelo plenário.

De acordo com ela, seu trabalho agora será buscar mais apoios para viabilizar a admissão do ex-governador do Maranhão na Suprema Corte. "Estou lá buscando conquistar mais votos, garantir os votos", afirmou a entrevistada, que alegou estar convicta da "alta capacidade" e do merecimento do aliado para ocupar o posto. 

Da indicação a votação

Senador licenciado pelo Maranhão e titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino foi indicado para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) por Lula no último dia 27 de novembro, na vaga aberta pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Conforme prevê a Constituição Federal, a indicação de nomes para o STF precisa ser aprovada pelos senadores, em votação secreta. Antes de ser submetido ao voto no Plenário propriamente dito, que confirma a decisão, o postulante precisa passar por uma sabatina na CCJ. 

Na última quarta-feira (6), o relator da matéria, o senador Weverton Rocha (PDT), leu seu relatório favorável ao ministro da Justiça. A previsão é de que a sabatina seja realizada na próxima quarta-feira (13).

O último indicado pelo chefe do Executivo nacional foi o seu ex-advogado Cristiano Zanin. Avaliado pelos senadores em junho deste ano, ele foi aprovado com 58 votos favoráveis e 18 contrários. Ele passou a ocupar o posto deixado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano.

Na época que precedeu a votação, Zanin fez uma série de encontros com alas distintas do Congresso, a fim de buscar apoio para a sua aprovação. Líderes da bancada evangélica, formada majoritariamente por opositores do presidente Lula, deram o aval para o jurista e o caracterizaram como "conservador e católico", digno de confiança dos evangélicos.

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