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Segurança de Lula estava em grupo de WhatsApp que defendia golpe, aponta descoberta da PF

Informação foi publicada pela colunista Andréia Sadi nesta sexta-feira (25)

Escrito por Redação ,
Lula
Legenda: Segurança direta de Lula é dividida entre GSI e PF
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um segurança presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva estava em um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado no Brasil, conforme apontou investigação da Polícia Federal após apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. As informações são do blog de Andréia Sadi. 

No grupo, muitos também faziam ameaças ao ministro Alexandre de Moraes. A descoberta foi feita pela Polícia Federal, que fez análise dos integrantes do grupo, do qual Mauro Cid fazia parte, no aplicativo.

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A PF, então, levou o caso ao Palácio do Planalto, que solicitou a demissão imediata do tenente Coronel André Luis Cruz Correia.

Atuação

Segundo informações de Sadi, Correia é subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e estaria atuando na segurança direta de Lula. Integrantes do governo também apontaram que ele chegou a participar de viagens recentes com o presidente do Brasil.

O fato, inclusive, teria reforçado a guerra entre a PF e o GSI. Desde o ano passado, a Polícia Federal argumenta que a segurança de Lula deve ser feita pelo órgão, retirando o GSI do comando. Para evitar desgastes, o presidente autorizou um modelo híbrido, mas com o GSI na liderança. 

O GSI, então, argumenta que não se pode julgar o coronel sem saber das reais interações no grupo. Já a PF, demonstrou incredulidade com o GSI e com o fato de que um segurança direto do presidente fez parte de um grupo apoiador de um possível golpe de Estado.

Investigadores teriam apontado um pedido de Correia a Mauro Cid para realocação da Bahia para Brasília, o que realmente ocorreu. Entretanto, ele só foi designado para a segurança de Lula no fim de março. 

O ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou, em entrevista ao blog de Sadi, a saída de Correia da segurança presidencial, mas afirmou que se trata de uma exoneração, não uma demissão. 

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