Legislativo Judiciário Executivo

Google gastou mais de R$ 800 mil em anúncios contra PL das Fake News

Empresa é investigada no STF por campanha contra projeto

Escrito por Redação ,
Mão segura celular na página do Google
Legenda: Google apresentou em sua página inicial uma mensagem contrária à aprovação do projeto que trata das fake news.
Foto: Shutterstock

O Google investiu cerca de R$ 837 mil em anúncios no Facebook e no Spotity contra a PL das Fake News. A informação consta em documentos das empresas obtidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação foi divulgada pelo jornal Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (31). As campanhas do Google, com ataques à proposta que estabelece normas de transparência para plataformas de buscas e redes sociais, foram exibidas pelo menos 13 milhões de vezes

A Meta, que administra o Facebook, e o Spotify admitiram que os anúncios violaram as regras de publicidade das empresas. No Facebook, o gasto com anúncios foi de R$ 639 mil. Já no Spotify, o investimento seria o mesmo, mas a propaganda foi retirada após um dia. 

O inquérito no STF, instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), investiga a conduta de dirigentes do Google e do Telegram que tenham participado de campanha 'abusiva' contra o PL. O Telegram é investigado pelo disparo de mensagens a usuários criticando o PL das Fake News.

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A Meta afirmou que recategorizou os anúncios do Google após a determinação do Supremo. O Spotify informou à corte que investiga internamente os motivos que levaram à veiculação da propaganda, já que a empresa tem como regrar não aceitar anúncios políticos. 

PL da Fake News

O PL 2630, que foi aprovado no Senado e deve passar pelo aval da Câmara dos Deputados, visa estabelecer normas de transparência para plataformas de buscas e de redes sociais. Dentre os pontos, está a criação de medida de combate à divulgação de conteúdos falsos, a exemplo das Fake News.

A proposta visa criar a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. Se aprovado, redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca deverão trabalhar ativamente na retirada de contas e conteúdos considerados criminosos.

Se aprovado pelos deputados, o projeto volta para apreciação no Senado, de onde foi originado. Caso isso ocorra, o documento segue para a sanção presidencial, para virar lei. 

O projeto, que teve pedido de urgência aprovado na Câmara, foi fatiado para garantir a aprovação. Não há data prevista para a votação.

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