Legislativo Judiciário Executivo

Delegada é acusada de postar contra o PT e é retirada da investigação da morte de tesoureiro

Responsável pelas investigações, Iane Cardoso disse não ver prejuízo as investigações

Escrito por Redação ,
Delegada Iane Cardoso
Legenda: PT acusa delegada de postar contra o partido e quer investigação federal na morte de apoiador de Lula
Foto: Reprodução/RPC

A Polícia Civil do Paraná trocou o comando do inquérito que investiga o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda por um bolsonarista. A mudança ocorreu após virem à tona uma série publicações antigas da delegada Iane Cardoso, que estava responsável pelas investigações do assassinato de um apoiador do ex-presidente Lula,

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito agora será presidido por Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas não esclareceu qual o motivo da troca. O órgão disse ainda que uma equipe de investigadores da DHPP de Curitiba vai reforçar os trabalhos “para garantir celeridade na apuração dos fatos”.

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Marcelo Arruda, 50, morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado, na própria festa de aniversário, por Jorge Jose da Rocha Guaranho, policial penal federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O guarda municipal chegou a ser encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. 

Segundo Gleisi Hoffmann, a delegada postou, em 2016, que "petista quando não está mentindo está roubando ou cuspindo". Outra postagem atribuída a delegada, do mesmo ano, postou as hashtags "#foralula" e "#foraPT".

Post da delegada
Legenda: Post da delegada Iane Cardoso
Foto: Reprodução/Facebook

Além das postagens, a presidente do PT argumenta que a Polícia Civil do Paraná ainda não apresentou os resultados da investigação dos disparos contra uma caravana de Lula em 2018. Gleisi defende, ainda, a realização de uma campanha institucional de combate à violência nas eleições.

Iane Cardoso diz não ver prejuízo nas investigações 

Já a delegada Iane Cardoso disse não ver prejuízo as investigações. "Não me defino como petista, nem como bolsonarista. Trato o presente caso como sempre tratei todas as investigações que presidi durante toda a minha carreira: com responsabilidade, honestidade, parcimônia e visando sempre aplicação da lei, em busca da justiça", disse ela ao blog de  Andréia Sadi. 

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