Candidatos à Presidência condenam atentado contra Cristina Kirchner e citam ódio político
Publicações em solidariedade à vice-presidente da Argentina foram feitas nesta sexta-feira (2). O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, foi o único que não se manifestou
Os candidatos à presidência da República no Brasil usaram as redes sociais nesta sexta-feira (2) para condenar o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite de quinta (1º).
Kirchner estava em Buenos Aires, capital argentina, quando teve uma arma apontada contra o próprio rosto pelo brasileiro Fernando Sabag Montiel. O homem tentou disparar a arma, mas o dispositivo falhou. Logo depois, ele foi preso pelas autoridades locais.
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Alberto Fernández, presidente da Argentina, decretou feriado nacional após o ocorrido. Em nota, ele afirmou que o decreto pretende fazer com que "o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se".
Registro em vídeo
Segundo a colunista do portal g1 Andréia Sadi, o Ministério das Relações Exteriores busca informações sobre o brasileiro autor da tentativa de assassinato de Cristina Kirchner.
Um vídeo registrou o momento do incidente, que ocorreu no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
Veja abaixo as manifestações em ordem alfabética:
Ciro Gomes (PDT): "O atentado frustrado a Cristina Kirchner por pouco não transforma em chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente. Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará. Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio. Paz!"
Felipe d'Avila (Novo): "O atentado à vice-presidente argentina @CFKArgentina é absolutamente inaceitável. A violência da cena impressionou a todos nós. Não há divergência ideológica que justifique ou normalize qualquer ato de violência."
Jair Bolsonaro (PL): "Lamento, mandei uma notinha, mas quando eu levei uma facada teve gente que vibrou", disse o presidente em entrevista a jornalistas no início da tarde desta sexta (2).
Léo Péricles (UP): "Toda solidariedade a Cristina Kirchner, vice-presidenta da Argentina que sofreu uma tentativa de assassinato essa noite. Para deter essa escalada fascista, que não respeita leis e democracia, temos que seguir a reação do povo argentino. Dia 07/09 temos que ocupar as ruas em todo Brasil!"
Lula (PT): "Toda a minha solidariedade à companheira @CFKArgentina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa. Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas."
Simone Tebet (MDB): "Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições."
Sofia Manzano (PCB): "Minha total solidariedade com Cristina Kirchner, vice-presidenta da Argentina, vítima de tentativa de assassinato."
Soraya Thronicke (União Brasil): "Quando falo em reforçar a segurança, não é exagero. Não podemos subestimar do que o ódio é capaz. Na campanha de 2018 usei colete a prova de balas e termino esta 5ª lamentando o atentado contra Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina. Que Deus olhe por nós."