Legislativo Judiciário Executivo

Camilo Santana não foi convidado para evento com Bolsonaro em Quixadá, no Ceará

Esta era a última oportunidade de um encontro entre os dois gestores antes que o petista deixe o cargo para disputar vaga no Senado Federal

Escrito por Igor Cavalcante , igor.cavalcante@svm.com.br
Jair Bolsonaro e Camilo Santana
Legenda: Jair Bolsonaro e Camilo Santana
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil e Thiago Gadelha/Diário do Nordeste

Em sua sexta visita ao Ceará, o presidente Jair Bolsonaro (PL), novamente, não encontrará o governador Camilo Santana (PT). Desta vez, o chefe do Executivo estadual não foi convidado, segundo a assessoria de imprensa do governador cearense. Esta era a última oportunidade de um encontro entre os dois gestores antes que o petista deixe o cargo para disputar vaga no Senado Federal, no pleito de outubro deste ano.

Apesar das divergências políticas, Camilo e Bolsonaro tiveram reuniões fora do Ceará no início do mandato do presidente. No entanto, a relação entre os dois passou por desgastes, intensificados durante a pandemia. O cearense virou alvo do presidente – assim como outros governadores – devido às medidas de combate à pandemia.

Veja também

Todas as visitas do chefe do Executivo nacional ao Ceará ocorreram durante a pandemia da Covid-19. O petista sempre alegou que evitava participar de eventos com o presidente pelo risco de aglomeração. Nas cinco vezes em que esteve no Ceará, Bolsonaro promoveu aglomerações.

"Tenho todo respeito à autoridade, mas não posso compactuar com aquilo que considero um grave equívoco", disse o governador, em fevereiro do ano passado, durante uma das visitas do presidente.

DESGASTE

Em agosto do mesmo ano, em outra passagem de Bolsonaro pelo Ceará, ele criticou diretamente o governador. 

"Essa medida, por alguns governadores, entre eles o desse Estado, foram além de impensadas, foram muito mal recebidas pela população. Mandar ficar em casa sem prover ganho para sua subsistência, isso é mais que uma maldade, é um ato criminoso", alfinetou.

À época, Camilo retrucou. "Criminoso, sr. presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias. Tivéssemos um Gov. Federal mais preocupado com a vida, milhares teriam sido salvos. Seus ataques jamais irão tirar de mim a força para continuar lutando", rebateu Camilo.

Assuntos Relacionados