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André Figueiredo diz que Cid tem 'maioria frágil' e quer entregar PDT a 'quem está no governo'

Presidente nacional da sigla criticou ato que elegeu Cid para a cadeira de titular da executiva estadual e rebateu acusação de fraude na inativação do diretório

Escrito por Bruno Leite , bruno.leite@svm.com.br
André Figueiredo
Legenda: Parlamentar comemorou decisão da Justiça, anunciada minutos depois da escolha de Cid para a presidência do PDT no Ceará.
Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

O deputado federal e presidente interino do PDT nacional, André Figueiredo, comemorou no início da noite desta segunda-feira (16) a decisão judicial que anulou a convocação da reunião extraordinária que elegeu o senador Cid Gomes para a presidência do diretório estadual da sigla no Ceará. Nas palavras do parlamentar, o grupo do ex-governador é "maioria frágil" e tem objetivos que vão para além dos interesses exclusivos do partido.

"Acho que a gente tem que celebrar acima de tudo a vitória da justiça. Da justiça de se reconhecer que não pode se turvoar no arbítrio, na força, a direção de um partido de quem tem uma vida toda a ele. Então a gente trabalhou muito em 39 anos para fazer um PDT grandioso. Se não em quantidade, mas em qualidade", disse Figueiredo.

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O tal percurso mencionado, segundo ele, estaria sendo rompido "por uma decisão de alguns que tinham traído o partido ano passado e que agora querem tomá-lo para entregar nas mãos de quem está no governo". O agrupamento citado por Figueiredo seria o liderado pelo ex-governador.

Para ele, o êxito na anulação do pleito, minutos depois da sua realização, mesmo que possa ser temporário, deve ser celebrado. "Vê que a maioria tão alardeada de quem tinha 85% dos votos ganhou para uma maioria frágil de dois votos, né? Porque para ter 48 se contabilizou o voto de quem já se desfiliou do partido e votou e de quem já pediu carta de anuência para sair do partido", salientou André.

Figueiredo rebateu as acusações de que houve fraude na inativação do órgão partidário. De acordo com ele, o estatuto permitiria esta medida, já que a validade dos diretórios nos estados não pode ser superior a do diretório nacional - o que impediria que a instância permanecesse por um período maior que o dia 5 de outubro. 

"Por isso que houve a inativação, uma incisão interna partidária que a legislação eleitoral dá ao partido essa autonomia, de determinar quanto tempo é o máximo de duração", justificou.

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