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'Achacador': processo de Lira contra Cid Gomes será analisado pelo Conselho de Ética do Senado

A representação por suposta quebra de decoro parlamentar foi apresentada pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira

Escrito por Luana Barros , luana.barros@svm.com.br
Cid Gomes
Legenda: Presidente da Câmara, Arthur Lira, apresentou representação no Conselho de Ética contra Cid Gomes
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A representação apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contra o senador Cid Gomes (PDT) por suposta quebra de decoro parlamentar será analisada nesta quarta-feira (14) pelo Conselho de Ética do Senado Federal. 

No pedido, Lira faz referência a episódio ocorrido em outubro de 2019, quando Cid chamou o então líder do PP na Câmara de "achacador". Na ocasião, ele afirmou que o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estava sendo "presa de um grupo de líderes" que estariam sendo "liderados por aquele que é o projeto do futuro Eduardo Cunha brasileiro". 

"Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para a chantagem, para a criação de dificuldade para encontrar propostas de solução". 
Cid Gomes
Discurso na tribuna do Senado em 2019

À época, Câmara e Senado estavam envolvidos em uma queda de braço pelos recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal. 

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No mesmo dia, Arthur Lira respondeu às declarações de Cid, o chamando de "leviano", "vulgar" e "pequeno". "Vai responder a um processo para mostrar e demonstrar onde, quando e em que tema qualquer líder partidário sofreu achaque deste parlamentar", disse, conforme mostrou o Diário do Nordeste

Quebra de decoro parlamentar

Segundo a representação contra Cid Gomes, o senador teria proferido "palavras ofensivas e desrespeitosas" na tribuna do Senado, "sem qualquer decoro ou responsabilidade com o exercício do mandato pelo senador". 

Além disso, o documento alega que houve "abuso de prerrogativa" e que, portanto, o cearense deve ser punido pelo Conselho de Ética. "O senador proferiu palavras por demais injuriosas, ultrapassando todos os limites constitucionais destinados aos mandatários, incorrendo em flagrante quebra de decoro parlamentar", diz a representação. 

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Na reunião desta quarta-feira, o colegiado não irá analisar o mérito da representação, apenas se aceita ou não a abertura de procedimento disciplinar contra Cid Gomes. 

Além da representação contra o cearense, outras 12 também devem ser analisadas pelo Conselho. Entre os alvos dos pedidos estão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Randolfe Rodrigues (sem partido) e Davi Alcolumbre (União-AP). 

O Diário do Nordeste entrou em contato com a assessoria do senador Cid Gomes e, quando houver uma manifestação do parlamentar, esta reportagem será atualizada. 

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