Sonda nasogástrica foi retirada de Bolsonaro, diz boletim médico
O boletim é assinado pelo cirurgião-chefe Antônio Macedo, pelo clínico Leandro Echenique, pelo diretor-médico do Hospital Vila Nova Star, Antônio Antonietto, e pelo médico da Presidência da República, Ricardo Peixoto Camarinha
A sonda nasogástrica que havia sido introduzida no presidente Jair Bolsonaro foi retirada e a dieta líquida, reintroduzida, diz o boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira, 13, no Hospital Vila Nova Star, onde ele se recupera de uma cirurgia realizada no domingo, 8, para correção de uma hérnia incisional.
O boletim, assinado pelo cirurgião-chefe Antônio Macedo, pelo clínico Leandro Echenique, pelo diretor-médico do Hospital Vila Nova Star, Antônio Antonietto, e pelo médico da Presidência da República, Ricardo Peixoto Camarinha, informa ainda que, junto com a dieta líquida, o presidente continuará com nutrição endovenosa, ou seja, com alimentação diretamente na veia.
O documento diz ainda que Bolsonaro permanece sem dor, afebril e com melhora acentuada dos movimentos intestinais. As visitas seguem restritas e ele continua fazendo fisioterapia respiratória e motora.
Sonda nasogástrica
A sonda nasogástrica havia sido introduzida em Bolsonaro na noite de terça-feira, 10, quando ele apresentou dificuldade para eliminar gases devido a uma "paralisia do intestino", quadro conhecido como íleo paralítico. O objetivo da sonda era retirar ar e líquidos do organismo do presidente para aliviar a distensão abdominal. Com isso, a dieta líquida de Bolsonaro havia sido suspensa e ele passou a ter alimentação diretamente na veia.
Segundo o médico responsável pela cirurgia do presidente, Antônio Macedo, a consequência é comum em procedimentos cirúrgicos de grande porte. Bolsonaro já havia apresentado o mesmo quadro em cirurgias anteriores, em 12 de setembro de 2018 e em 28 de janeiro de 2019.
Live
Na quinta-feira, 12, Bolsonaro fez uma breve "live" pelo Facebook, que durou pouco mais de três minutos. O presidente falou devagar e em tom baixo, parando para tomar fôlego em alguns momentos.
O procedimento cirúrgico a qual o presidente foi submetido no Domingo (8) foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. A cirurgia, realizada para corrigir uma hérnia que surgiu na região do abdômen, durou cerca de cinco horas e foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai.
Estava previsto que Bolsonaro reassumisse a Presidência de República nesta sexta-feira. No entanto, na quinta-feira, o Palácio do Planalto informou que o presidente ficará afastado do comando do País por mais quatro dias. Até segunda-feira, 16, Mourão continua interinamente no cargo.