Situação do Brasil é "até confortável", diz líder do Governo sobre vacinados e mortes por Covid-19

Afirmação foi feita pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR) em entrevista. Na terça (16), País registrou novo recorde de mortes pela doença em 24 horas

Escrito por Redação ,
Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara
Legenda: Parlamentar é líder do Governo na Câmara desde agosto de 2020.
Foto: Câmara dos Deputados

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo Federal na Câmara, disse que o número de mortes por milhão de habitantes no Brasil por Covid-19 e a quantidade de vacinados, "é até confortável". Segundo o portal G1, afirmação foi feita em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (17).

"Olhe bem a estatística, mortes por milhão, ou seja, o cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por milhão], em 4º lugar. Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º. Brasil, 1.300 mortes por milhão, em 22º lugar", citou Barros.

Na terça-feira (16), o Brasil registrou novo recorde no número de mortes pelo novo coronavírus: foram, ao todo, 2.841 óbitos em 24 horas, conforme dados do Ministério da Saúde. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o País passa pelo maior colapso sanitário e hospitalar da história.

"Então, nosso sistema de saúde responde, está melhor no tratamento as pessoas do que a maioria dos países de primeiro mundo que estão na nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o 5º do mundo em número de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil vacinados e 11 milhões e 600 que já pegaram Covid e estão imunes, então, a nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma situação até confortável", acrescentou o deputado.

Dados da vacinação

Conforme levantamento do projeto "Our World in Data", relacionado à Universidade de Oxford, o Brasil ocupa, atualmente, a 11ª posição em número absoluto de vacinados. No entanto, se levado em consideração o percentual da população vacinada, o País cai para 89º lugar.

Até o momento, 4,91% dos brasileiros receberam a primeira dose da vacina. A população que recebeu o reforço é de apenas 1,79%. Já em relação aos óbitos por milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 23ª posição, com 1.327,28 mortes/milhão. 1.3061048

O ritmo da vacinação no País é considerado lento por especialistas. A Fiocruz prevê, se o ritmo atual for mantido, que todos os brasileiros maiores de idade sejam imunizados em dois anos e meio, e só com a primeira dose. 

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O número de casos da doença chegou a 11.603.535 em todo o território brasileiro, conforme o último balanço da Pasta. O País também já registra casos de reinfecção pela doença desde dezembro de 2020, o que indica que ter tido Covid-19 não necessariamente gera imunidade. Também foram registrados casos de reinfecção pelas novas variantes que circulam no País.

Novo ministro da Saúde

Barros também comentou sobre o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como o sucessor de Eduardo Pazuello. O comando da Pasta, inclusive, já passa por uma transição. Para Barros, a aceleração da vacinação e o adiantamento da entrega de doses já contratadas devem ser priorizadas.

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"Tenho a absoluta convicção que ele cumprirá sua missão, senão não teria assumido o Ministério. Ele sabe o que deve ser feito e tem o comando do governo central, mas sabe que a tarefa é acelerar a vacinação, negociar adiantamento da entrega de doses e trazer novos fornecedores. E com isso nós podemos avançar", disse.

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