Por um voto, prefeito de Altaneira é mantido no cargo
Foram cinco votos pela cassação de Dariomar Rodrigues (PT) e quatro contrários. Eram necessários pelo menos seis votos
O prefeito de Altaneira, Dariomar Rodrigues (PT), escapou da cassação pela Câmara Municipal da cidade. Ele acabou com mais parlamentares contrário do que favoráveis na sessão desta sexta-feira, 30, com cinco pedindo sua destituição e quatro sua manutenção. Entretanto, eram necessários ao menos seis votos favoráveis para afastar o petista do posto. O titular do Executivo era suspeito de irregularidades em contratos da Prefeitura, com valores que teriam crescido sem justificativa.
A defesa do prefeito alegou que a denúncia não havia sido comprovada. "(Foram apresentadas) relação de notas fiscais, de empresas contratadas, do montante que foi gasto... Não foi suscitado que a nota era falsa, que a despesa não existiu...", declarou o advogado Tacido Cavalcante. Ele também afirma que os prazos para apresentação da denúncia já haviam expirado e que, portanto, o processo movido pela Casa não seria válido. Em sua defesa, o prefeito também declarou que não havia comprovação de crime e que, caso fosse afastado, ele estaria sendo destituído apenas por não ter o apoio da Casa, e que os partidários do processo estariam apenas tentando tomar o poder que lhe foi conferido nas urnas. "Vocês não gostarem de mim, eu entendo. Mas o que o povo de Altaneira tem com isso?", questionou.
De acordo com o autor da acusação, o advogado Raimundo Soares, afirmou que os parlamentares de oposição que votassem a favor do prefeito teriam que dar explicações a seus eleitorados. E, segundo ele, o que estava sendo analisado ali não era se houve crimes ou não, já que isso não seria competência da Casa. "A Câmara não julga crimes. Ela julga infrações político-administrativas", declarou. Para ele, há documentação farta das irregularidades.