Na Capital, Valéria Monteiro tenta viabilizar candidatura
Sem apoio do próprio partido em âmbito nacional e "isolada" pela maioria dos diretórios estaduais do PMN, inclusive no Ceará, a jornalista Valéria Monteiro aposta no apoio popular para disputar a Presidência da República, em outubro próximo. Contrariando resolução da legenda, de não lançar candidato à eleição majoritária, Valéria afirmou, ao Diário do Nordeste, que levará sua pré-candidatura até a convenção partidária e criticou legendas que atuam como "empresas, interessadas em quem traz mais dinheiro".
Longe da televisão desde 2014, onde apresentou programas jornalísticos e fez trabalhos como atriz, Valéria Monteiro, está desde fevereiro percorrendo o País na tentativa de consolidar seu projeto político. De passagem pelo Ceará nesta semana, a jornalista contou que batizou as incursões de "Caravana da Coragem". A viagens são custeadas, segundo ela, com recursos próprios, como protesto ao PMN, ao qual se filiou em janeiro, após a sigla ter definido não apoiá-la como pré-candidatura.
"Essa resolução foi feita pela executiva nacional, que são 10 pessoas, quando o estatuto do partido diz que o mais importante é priorizar as candidaturas majoritárias. O estatuto me garante levar a minha pré-candidatura até a convenção e tenho esse direito. Quero fazer parte dos grandes temas, não vejo que diferença poderia fazer num congresso de 513 pessoas, das quais, aproximadamente, 300 são eleitas por três bancos".
Valéria contou que, em Fortaleza, não foi chamada para nenhum evento pelo diretório do PMN no Ceará. "É um dos piores, é cheio de cargo no governo estadual", criticou. Nacionalmente, ela disse que o partido é comandado por um "coronel", Antonio Carlos Bosco Massarollo. Questionada sobre o motivo de não ter mudado de legenda na janela partidária, entre março e abril, ela frisou que seguiu no PMN "porque todos funcionam mais ou menos da mesma forma".