Entenda as acusações que levaram à prisão de Sara Winter, participante dos ataques contra o STF

Escrito por Redação ,
Foto Sara Winter
Legenda: Sara Winter, do movimento 300 do Brasil, teve mandado de prisão foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
Foto: Carl de Souza/AFP

Na manhã desta segunda-feira (15), Sara Winter, ativista bolsonarista que participou de ataque com fogos de artifício contra o Supremo Tribunal Federal (STF), no sábado (13), foi presa em operação da Polícia Federal. Além dela, outras cinco lideranças do grupo “300 do Brasil” foram detidas, acusadas de organizar atos antidemocráticos.

Como tratam-se de prisões temporárias, os alvos da operação da PF ficarão no cárcere por cinco dias. A detenção, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, busca ouvir os investigados para dar prosseguimento às apurações sobre o esquema criminoso.

A medida preventiva ocorre três dias após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em meio à investigação sobre atos que ferem a Lei de Segurança Nacional.

Sara Fernanda Giromini, como consta na certidão de nascimento, é acusada de organizar e captar recursos financeiros para atos que pediam o fechamento do Congresso e do STF e uma intervenção militar, com a manutenção de Jair Bolsonaro no poder. Ela também apareceu em vídeos xingando e ameaçando ministros da Corte.
 
O próprio presidente da República chegou a comparecer em algumas dessas manifestações, como a de 19 de abril, que marca o Dia do Exército, em que discursou para a multidão.

Ataque ao prédio do STF

No dia seguinte ao pedido de prisão feito pela PGR, o grupo de Sara, formado por 30 pessoas, disparou fogos de artifício na direção do prédio principal do STF, na Praça dos Três Poderes.

Horas antes, o acampamento dos “300 do Brasil”, na Esplanada dos Ministérios, havia sido desmontado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), pelo Corpo de Bombeiros e pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal). A ação ocorreu após mais de um mês de batalha judicial entre bolsonaristas e promotores de Justiça, que chegaram a caracterizar o grupo como “milícia armada”.

O ataque levou o presidente da Corte, Dias Toffoli, e a Procuradoria da República do Distrito Federal a abrirem inquéritos, no mesmo dia, contra os seguidores de Sara.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o ministro Gilmar Mendes, do STF, ressaltou o perigo apresentado pelo grupo liderado por Sara, resultado do “radicalismo” que se instaurou no país. “Hoje estão atirando fogos, amanhã pode ter bala”, disse.

Além disso, Gilmar considerou “grave” o fato de Bolsonaro não desestimular atos como esse.

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