CPI aprova convite a médica cearense Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde
Mayra ficou conhecida por defender remédio sem eficácia contra a Covid-19
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira, requerimento para que a médica cearense Mayra Pinheiro, secretária de Gestão de Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, seja convidada a ser ouvida.
O requerimento é do senador Humberto Costa (PT-PE). O documento começou a ser analisado como de convocação, mas os senadores transformaram em convite.
Mayra é conhecida como um dos membros do governo federal que mais defendem o uso do medicamento cloroquina tratamento da Covid-19. A medicina, no entanto, comprovou que o medicamento não tem eficácia contra a doença.
Na semana passada, a médica afirmou ao Diário do Nordeste que, caso convocada, se apresentaria à CPI "com certeza".
Também foram convidados para a CPI os médicos Nise Yamaguchi, Rciardo Zimmermann, Francisco Cardoso Alves e Flávio Cadegiani, todos defensores do 'tratamento precoce', que prevê o uso de remédios sem eficácia para a Covid-19.
Mayra foi chamada para a secretária de Gestão de Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde em 2018. É esta Secretaria que administra o programa "Mais Médicos", sempre criticado por Dra. Mayra desde que ela foi presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará.
Em 2013, Mayra e outros colegas de profissão vaiaram médicos cubanos que vieram trabalhar em Fortaleza.
Ouvidos na CPI
Nesta quinta-feira (13), está sendo ouvido o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo. Entre as questões, está a recusa de vacinas pelo Governo Federal.
Na quarta-feira (12), depôs o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten. Ele foi acusado de falso testemunho pelos senadores e teve o depoimento encaminhado ao Ministério Público, para apurar o suposto crime.
A CPI já ouviu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; os ex-ministros da pasta, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich; o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.