Coluna Lustosa da Costa
Escrito por
Editoria de Política
producaodiario@svm.com.br
Amigo pedra noventa
Tentei passar temporada em Paris, em 1974, recorrendo, para tanto, aos préstimos do então presidente da Câmara dos Deputados, Flávio Marcílio.
Através dele, queria obter autorização do Serviço Nacional de Informações, chefiado pelo intratável general João Figueiredo, para deixar o País, como procurador do Ipase que então era. Para defender meu pleito, ele foi ao Palácio do Planalto, a pé, porque a distância era curta e de lá voltou, triste, mal humorado por haver levado uns coices de quem depois seria presidente da
República. Decidi, então, residir em Brasília, mesmo sem tomar o banho de civilização na França, confiante em que a abertura política tornaria a profissão mais aberta, mais agradável.
Professor
Ao chegar, encontrei-o, ele meu antigo professor da Faculdade de Direito, ainda presidente da Câmara. Fui visitá-lo com Fernando César.
Favor
Não devia trocar o lugar de procurador do Ipase, por um contrato trabalhista. Não seria este o último favor que ficaria devendo ao piauiense que foi nosso vice-governador e representante na Câmara dos Deputados por tanto tempo.
Convivência
O certo é que passei a conviver com meu ex-professor. Lembro-me de seus almoços dos sábados, com farto uísque, findos os quais, deixava os convidados conversando e se retirava para a sesta.
Abandono
Quando Thomaz Coelho foi estudar nos EUA, Marcílio e outro amigo foram deixá-lo no aeroporto. Na volta, pedido de Flávio: ?Por que o Thomazinho viajou, não vá, agora, abandonar a gente, não?.
Redator
Findo o papo, talvez lembrado da humilhação que passara por minha causa, disse-me para ir ao gabinete do secretário José Carlos Fonseca, a fim de que ele me nomeasse redator da casa. Fernando César aconselhou a não me precipitar.
Repastos
Recordo-me dele encontrando-me com Carlos Eduardo, então guri, no aeroporto, nos convidando para aparecer lá em tais repastos sabatinos, com o herdeiro: ?Vá e leve o bode louro?.
Ameaça
Ao ser convidado a visitar a URSS, disse: ?Você vem conosco!? No Kremlin, eu e Noênio Espínola fomos barrados pela segurança. Marcílio ameaçou abandonar a visita. Entramos.
Tentei passar temporada em Paris, em 1974, recorrendo, para tanto, aos préstimos do então presidente da Câmara dos Deputados, Flávio Marcílio.
Através dele, queria obter autorização do Serviço Nacional de Informações, chefiado pelo intratável general João Figueiredo, para deixar o País, como procurador do Ipase que então era. Para defender meu pleito, ele foi ao Palácio do Planalto, a pé, porque a distância era curta e de lá voltou, triste, mal humorado por haver levado uns coices de quem depois seria presidente da
República. Decidi, então, residir em Brasília, mesmo sem tomar o banho de civilização na França, confiante em que a abertura política tornaria a profissão mais aberta, mais agradável.
Professor
Ao chegar, encontrei-o, ele meu antigo professor da Faculdade de Direito, ainda presidente da Câmara. Fui visitá-lo com Fernando César.
Favor
Não devia trocar o lugar de procurador do Ipase, por um contrato trabalhista. Não seria este o último favor que ficaria devendo ao piauiense que foi nosso vice-governador e representante na Câmara dos Deputados por tanto tempo.
Convivência
O certo é que passei a conviver com meu ex-professor. Lembro-me de seus almoços dos sábados, com farto uísque, findos os quais, deixava os convidados conversando e se retirava para a sesta.
Abandono
Quando Thomaz Coelho foi estudar nos EUA, Marcílio e outro amigo foram deixá-lo no aeroporto. Na volta, pedido de Flávio: ?Por que o Thomazinho viajou, não vá, agora, abandonar a gente, não?.
Redator
Findo o papo, talvez lembrado da humilhação que passara por minha causa, disse-me para ir ao gabinete do secretário José Carlos Fonseca, a fim de que ele me nomeasse redator da casa. Fernando César aconselhou a não me precipitar.
Repastos
Recordo-me dele encontrando-me com Carlos Eduardo, então guri, no aeroporto, nos convidando para aparecer lá em tais repastos sabatinos, com o herdeiro: ?Vá e leve o bode louro?.
Ameaça
Ao ser convidado a visitar a URSS, disse: ?Você vem conosco!? No Kremlin, eu e Noênio Espínola fomos barrados pela segurança. Marcílio ameaçou abandonar a visita. Entramos.