Prevenir incêndios é proteger vidas
Os dados divulgados recentemente pelo Corpo de Bombeiros do Ceará acendem um sinal de alerta: entre janeiro e maio de 2025, já foram registrados 558 incêndios em residências no estado, sendo 313 apenas em Fortaleza. Se mantido esse ritmo, vamos ultrapassar as estatísticas de todo o ano passado. É um número preocupante que nos obriga a refletir sobre o quanto temos cuidado da segurança dos nossos lares e condomínios.
Muitas vezes, cuidamos com zelo de objetos pessoais — colocamos capinha no celular, trocamos a película, levamos o carro para revisão, conferimos o estado dos pneus antes de pegar a estrada. Mas por que agimos diferente com a nossa casa, que abriga nossa família, nossos bens e nossas memórias? A prevenção contra incêndios deve ser tratada com a mesma importância, ou até mais. Afinal, o risco de um incêndio vai além do patrimônio: envolve vidas humanas.
Nos condomínios, a responsabilidade é compartilhada entre moradores, síndicos e administradoras. Equipamentos como extintores, mangueiras, alarmes e detectores de fumaça não podem estar ali apenas para cumprir exigências legais. Eles precisam estar em funcionamento, revisados e prontos para uso. Treinamentos, sinalizações visíveis e vistorias periódicas devem ser rotina. Não adianta agir só depois do susto — a segurança começa antes.
Prevenir é um ato de cuidado coletivo. Cada atitude, por menor que pareça, ajuda a evitar tragédias. Quando todos cumprem seu papel, criamos ambientes mais seguros para viver. É hora de repensarmos nossas prioridades e tratarmos a segurança dos nossos lares com o mesmo carinho que temos por tudo aquilo que queremos proteger.
Rudy Fernandes é presidente da Associação das Administradoras e Condomínios do Estado do Ceará (Adconce)