Melhor idade: um convite para grandes aventuras

Escrito por
Maria Leopoldina de Castro producaodiario@svm.com.br
Maria Leopoldina de Castro é 60+, médica e autora de “168 dias viajando pelo mundo: o prazer de viver a arte, cultura e espiritualidade”
Legenda: Maria Leopoldina de Castro é 60+, médica e autora de “168 dias viajando pelo mundo: o prazer de viver a arte, cultura e espiritualidade”

As pessoas necessitam de um período para reavaliar as escolhas, explorar novos interesses e adquirir experiências inovadoras. O termo sabático, oriundo do hebraico Shabat, está relacionado à tradição judaica de descansar a terra a cada seis anos de cultivo ininterrupto. Na terceira idade, um momento de pausa pode ser especial. Não é uma decisão fácil ou imediata, mas sim fruto de um processo de autoconhecimento e de estar disposto a sair da zona de conforto (ou desconforto), enfrentando medos e desafios. Para que o projeto se torne exitoso, há três palavras fundamentais: antecedência, organização e planejamento.

Compartilho aqui a experiência que tive com meu marido, Paulo, de nosso período de pausa, após eu pedir afastamento do cargo de gestão que exercia há mais de 10 anos. Apesar de gostar imensamente do que fazia, não vinculava o cansaço e o estresse que sentia a esse trabalho. Essa constatação me fez refletir e ver que era hora de “passar o bastão”, não sem antes praticar o desapego. O que fazer? O mundo tinha aberto as portas e o céu seria o limite! Quantas possibilidades! Depois de várias “tempestades de ideias”decidimos viajar por aproximadamente seis meses para a Europa em 2018, guiados por interesses comuns em história, cultura e arte do velho mundo.

Iniciamos a jornada pela Inglaterra e tivemos a oportunidade de conhecer e interagir com pessoas de várias partes do mundo. Todo o roteiro da foi em função do desejo de conhecermos as grandes obras de arte, como as contidas no British Museum na capital inglesa, no Museu do Prado, em Madri, e no Louvre, de Paris, além de patrimônios históricos e culturais da humanidade em lugares como Portugal e Alemanha. As vivências espirituais foram outro ponto alto do passeio em espaço como a Sacré-Coeur, de Paris, o Self Realization Fellowship, de Dublin, e o templo de Neasden, em Londres.

Ao término de nossa viagem, voltamos com uma bagagem extraordinária de vivências e conhecimentos que gostaríamos de passar para outras pessoas. Descobri o prazer de escrever e publiquei dois livros sobre a experiência e Paulo entrou para o ramo do turismo. Valeu a pena? Muito! Essa decisão precisa ter uma razão e um propósito, um plano de ação muito bem estruturado, com definição do tempo da pausa, destino, custos e preparação para o retorno, garantindo que essa experiência se reverta em crescimento pessoal ou profissional.

Desperte sua criatividade e explore potencialidades que talvez nunca tenha imaginado, permitindo-se um período de pausa transformador!

Maria Leopoldina de Castro é 60+, médica e autora de “168 dias viajando pelo mundo: o prazer de viver a arte, cultura e espiritualidade”

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