Educação financeira: o elo que falta na revolução digital brasileira
No entanto, o acesso por si só não garante mudanças reais. Sem educação financeira, a inclusão corre o risco de ser apenas formal, aumentando a vulnerabilidade ao endividamento e à má gestão de recursos. Planejar gastos, compreender taxas e utilizar o crédito de forma responsável são habilidades essenciais para que a tecnologia gere autonomia e oportunidades concretas.
O microcrédito produtivo orientado representa uma estratégia eficaz para unir acesso e conhecimento. Instituições como a Cactus oferecem crédito aliado à orientação financeira, empresarial e ambiental. O modelo garante que os recursos sejam aplicados de forma produtiva, fortalecendo pequenos empreendedores, gerando renda e estimulando o desenvolvimento local.
Para consolidar a inclusão financeira, o Brasil precisa investir em educação, conectividade e segurança digital. Somente com conhecimento e orientação será possível transformar a inovação tecnológica em progresso social duradouro, garantindo que cada cidadão possa utilizar os recursos financeiros como ferramenta de crescimento e empoderamento pessoal.
Kelvia Carneiro é administradora