Direitos LGBT não é questão de opinião

A comunidade LGBT luta diariamente por direitos humanos, aqueles que qualquer um merece e deve ter acesso

Escrito por Raul de Sousa Neves ,
Defensor Público
Legenda: Defensor Público

Como defensor público, encaro a defesa dos direitos das pessoas LGBT como uma missão essencial em nossa sociedade. É inegável que, mesmo com avanços legislativos, a comunidade LGBT ainda enfrenta uma série de desafios e discriminações diárias. Nós, defensores públicos, temos como obrigação estar engajados na proteção e promoção dos direitos desse grupo.

A luta pela igualdade de direitos para as pessoas LGBT vai além de garantir o reconhecimento legal de suas identidades e relacionamentos. Envolve também o combate à violência, à discriminação no mercado de trabalho, à exclusão social e à falta de acesso a serviços básicos de saúde e educação. 

Dados recentes revelam que apenas durante o ano de 2023 foram registradas 230 mortes LGBT de forma violenta no país, onde 184 foram assassinatos e 18 suicídios, segundo o Dossiê de LGBTIfobia Letal, desenvolvido pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil. Esses números são o puro reflexo da sociedade brasileira, onde pessoas LGBT não podem usufruir do mais básico e necessário direito: o direito à vida. 

A comunidade LGBT luta diariamente por direitos humanos, aqueles que qualquer um merece e deve ter acesso. Nós, defensores públicos, estamos na linha de frente nessa luta, oferecendo assistência jurídica gratuita e defendendo os interesses da comunidade nos tribunais.

Nossa atuação também abrange a conscientização da sociedade sobre os direitos das pessoas LGBT e combater o preconceito e a intolerância. Participamos de campanhas educativas, palestras em escolas e universidades e eventos comunitários, buscando promover a inclusão e o respeito à diversidade. A discriminação é um problema histórico do nosso país e temos que mudar esse cenário.

A defesa dos direitos das pessoas LGBT é uma questão de justiça e igualdade, não uma mera opinião. Todas as pessoas merecem ser tratadas com dignidade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Ainda há muito a ser feito, mas é essencial que continuemos nossa luta por uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.

 
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