A evolução das tecnologias em urologia: o futuro da cirurgia robótica

O uso de modelos virtuais em 3D para o planejamento cirúrgico representa um avanço notável

Escrito por
Pedro Filgueira producaodiario@svm.com.br
Urologista e Cirurgião Robótico
Legenda: Urologista e Cirurgião Robótico
A urologia sempre esteve entre as especialidades médicas que mais incorporam inovações tecnológicas. Hoje, vivemos uma nova revolução impulsionada pela cirurgia robótica, que já é uma realidade consolidada em diversos centros de excelência, mas que agora se fortalece ainda mais com a integração de tecnologias 3D, inteligência artificial (IA) e o uso intraoperatório de ultrassonografia. Essa tríade está redefinindo os padrões de precisão, segurança e personalização no tratamento de tumores renais e outras doenças urológicas complexas.
 
O uso de modelos virtuais em 3D para o planejamento cirúrgico representa um avanço notável. Com base em exames de imagem, como a tomografia computadorizada, é possível gerar reconstruções tridimensionais interativas dos rins, tumores, vasos e sistema coletor. Esses modelos permitem ao cirurgião não apenas visualizar com riqueza de detalhes a anatomia individual de cada paciente, mas também simular estratégias operatórias, avaliar margens de ressecção e planejar a preservação da função renal. Mais recentemente, esses modelos 3D passaram a ser integrados às plataformas robóticas por meio de tecnologias como o TilePro, que permite sua sobreposição em tempo real durante a cirurgia. 
 
Paralelamente, a inteligência artificial começa a ocupar papel central na personalização do cuidado urológico. Algoritmos de IA podem auxiliar na segmentação automática das imagens médicas, acelerar a criação dos modelos 3D e até mesmo sugerir abordagens cirúrgicas ideais com base em grandes bancos de dados. Na oncologia renal, por exemplo, modelos preditivos com IA já conseguem estimar a complexidade do tumor e a probabilidade de margens positivas.  
 
Outro recurso promissor é o uso do ultrassom intraoperatório, especialmente nos casos de tumores renais complexos ou parcialmente ocultos. Através da sonda de ultrassom acoplada ao braço robótico ou manipulada pelo cirurgião, é possível identificar em tempo real a extensão do tumor, sua profundidade e relação com estruturas nobres. O futuro da urologia está sendo construído por ferramentas que ampliam a visão, otimizam o planejamento e aumentam a segurança das intervenções.
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