UPAs devem ter em fevereiro dobro de casos suspeitos de Covid registrados no pico da pandemia
Dr. Cabeto, secretário da Saúde do Ceará, afirma que este mês já superou o número de atendimentos nas unidades em maio de 2020, ápice da crise sanitária no Estado
A alta da disseminação do coronavírus no Ceará tem refletido de forma direta na busca por assistência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza. Só até esta sexta-feira (19), cerca de 10 mil pacientes com suspeita de Covid-19 já chegaram às unidades, e número deve dobrar até o final do mês. A estimativa é do secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto.
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Em live realizada na manhã de hoje, o gestor comparou que a quantidade de pacientes com sintomas gripais chegando às UPAs neste mês supera a registrada em maio de 2020, pico da pandemia na Capital, quando uma média de 10 mil pessoas receberam assistência.
Até dia 28, contudo, os atendimentos devem bater a marca de 20 mil, dos quais aproximadamente 13% necessitam de internação hospitalar. “Temos um cenário epidemiológico que começa a se desenhar para o que vivemos em abril e maio do ano passado, com aumento dos números. 67 pessoas estão nas UPAs precisando de leitos de UTI”, revela Dr. Cabeto.
Durante o balanço do cenário da Covid no Ceará, o secretário aproveitou, ainda, para fazer um apelo à população, diante da circulação de novas variantes virais em território cearense e das novas restrições de circulação em Fortaleza.
“Estamos procurando dar ao cearense confiança, capacidade de resposta na crise e solidariedade. O momento epidemiológico é diferente, existem muitas dúvidas sobre mutações, a capacidade de contágio, a gravidade. E é possível que elas influenciem na resposta das vacinas. Por isso, é preciso isolamento. Porque quanto menos o vírus se transmitir, menos mutação tem."