Tutores de cães abandonados em apartamento são notificados para prestar depoimento na Polícia

Exames veterinários, fotos e vídeos do resgate devem ser anexados à denúncia nesta quarta-feira

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Dois animais da raça poodle continuam internados em clínica veterinária.
Foto: Vc Repórter

Os tutores dos quatro animais abandonados e sem alimentação por seis dias em um apartamento na Praia da Tabuba, na Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foram notificados pelo 31º Distrito Policial para prestar depoimento até quinta-feira. Dois animais resgatados na segunda-feira (2) continuam recebendo atendimento veterinário e estão em situação grave em decorrência da inanição.

O delegado Elzo Moreira conta que a denúncia indicava que havia seis cães no apartamento, mas só foram encontrados quatro animais no local. Agora, os tutores dos cães devem ser ouvidos sobre o caso. “Instaurei o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) pelo crime ambiental e estou apurando. Foi notificado o casal responsável pelos cães”, relata o delegado.

Stefanie Rodrigues, presidente da APA, lembra que os cachorros foram encontrados desacordados devido à inanição e após terem se alimentado de fezes e urina. Dois deles, da raça Shit-zu, foram liberados depois do atendimento inicial em clínica veterinária e receberam o nomes Maggie e Spok. Porém, a situação ainda é grave para os dois poodles que ainda estão internados.

Laudos

A defensora da causa animal acompanha os animais e reúne material para denunciar os tutores que abandonaram os cães. "Hoje nós estamos anexando as provas e laudos para o Ministério Público contra os proprietários”, conta Stefanie Rodrigues. Ela deve enviar ao MP as imagens registradas no momento do resgate e os exames veterinários que indicam o estado de saúde dos bichos.

Muitos pessoas interessadas em adotar aos animais entraram em contato com a ONG depois que o caso foi noticiado. Porém, os cães só estarão disponíveis para adoção após a conclusão das investigações. "Muitos já procuraram, mas eles não podem ser adotados até autorização judicial", ressalta.

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