Tirolesas no Cumbuco são interditadas, e bugueiros fazem paralisação até segunda (4)

Profissionais do turismo alegam que a interdição prejudica passeios de buggy. Prefeitura de Caucaia afirma que equipamentos estão em uma APA e apresentam risco aos usuários

Escrito por Ingrid Coelho ,
Legenda: Bugueiros do Cumbuco afirmam que a interdição das tirolesas prejudicam a atividade turística da região
Foto: Kid Junior

A interdição de tirolesas que funcionavam no Lagamar do Cauípe, na região do Cumbuco, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, levou cerca de 200 bugueiros da região a paralisarem as atividades durante este fim de semana. Os bugueiros afirmam que sem o entretenimento turístico, a atividade fica prejudicada.

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A paralisação deve durar até a segunda-feira (4). De acordo com o presidente da Cooperativa dos Bugueiros do Cumbuco, Fausto Alves, vários elos da atividade turística na região são afetados pela interdição das tirolesas, além dos bugueiros.

Ele também afirma que a decisão não foi discutida com os entes da cadeia turística da região.

"A Prefeitura foi até as barracas que possuem os equipamentos e notificou, não dando aqueles 15 dias para regulamentação, mas simplesmente dizendo que está fechado. Sem elas como atrativo, como ficam os passeios de buggy? As autoridades não vieram conversar com a gente", lamenta.

Segundo o presidente da cooperativa, quatro equipamentos, foram interditados.

Procurada, a Prefeitura de Caucaia informa que foram três tirolesas fechadas, que elas estavam funcionando "de forma ilegal" e que "colocavam em risco os usuários". A interdição ocorreu na última sexta-feira (1º).

Legenda: Equipamentos no Cauípe e Cristalinas foram interditados na última sexta-feira (1º)
Foto: Prefeitura de Caucaia

Em nota, pontua que os equipamentos no Cauípe e Cristalinas foram visitados por fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea) e que estão localizados em "Área de Proteção Ambiental".

Problemas estruturais

No relatório, de acordo com a Prefeitura, os fiscais do Crea concluíram que as tirolesas estavam sem proteção na plataforma de saída do usuário, com cabos de aço enferrujados e com roldanas ressecadas e com amarração em pontos sem apoio forte o suficiente para aguentar o repuxo.

Legenda: Prefeitura de Caucaia informa que Crea relatou problemas na estrutura das tirolesas
Foto: Prefeitura de Caucaia

Além disso, a Prefeitura diz que também foram relatados pilares de madeiras para sustentação com emendas e cordas amarrando cabos de aço.

"Ainda em documento enviado à Prefeitura, o Crea afirma que identificou ocupações irregulares de barracas com instalações de equipamentos de tirolesas em estado de precariedade e solicitou análise do cumprimento das responsabilidades técnicas acerca das obras, uma vez que envolvem riscos iminentes de acidentes", destaca o posicionamento do executivo municipal de Caucaia.

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