Terminal Rodoviário João Thomé já recebe 42% da média registrada antes da pandemia

A volta desse crescimento é motivada pela autorização dada pelo Governo do Estado às viagens intermunicipais no último dia 10 de julho

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(Atualizado às 16:12, em 26 de Fevereiro de 2021)
A empresa que administra o Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, Socicam, reforça que todos os cuidados sanitários exigidos nos protocolos governamentais estão sendo adotados
Legenda: A empresa que administra o Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, Socicam, reforça que todos os cuidados sanitários exigidos nos protocolos governamentais estão sendo adotados
Foto: Natinho Rodrigues

O número de passageiros que embarcam no Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, em Fortaleza, aumentou de 500 para 2.500 por dia, o que corresponde a quase 42% da média registrada antes da pandemia do novo coronavírus, que chegava a 6 mil passageiros por dia. A volta desse crescimento é motivada pela autorização dada pelo Governo do Estado às viagens intermunicipais, no último dia 10 de julho. 

De acordo com a Coordenadoria de Transporte da Agência Reguladora do Estado do Ceará (ARCE), essa quantidade de passageiros aponta que as viagens entre municípios cearenses e do Ceará para outros estados têm crescido de forma gradual, respeitando as restrições de deslocamento entre regiões por causa da pandemia.   

Ainda conforme a ARCE, antes do período de isolamento social, 406 ônibus saíam em média por dia do Terminal Rodoviário. Agora, esse número está em 92. Desse total, 72 são para viagens intermunicipais e 20 para interestaduais.  

As cidades destino mais procuradas são Camocim, Juazeiro do Norte, Aracati, Iguatu, Teresina (PI), Canindé, Parnaíba (PI), São Benedito, Acaraú, Recife (PE), Crateús, Deputado Irapuan Pinheiro, Jaguaruana, Sobral e Croatá.  

No mês passado, o bancário Guilherme Lavor, que mora em Orós, visitou a Capital para acompanhar o avô em exames médicos. Ele descreve o clima da Rodoviária como “o centro da cidade em fim de semana” para exemplificar o quanto o movimento diminuiu. Como as rotas foram reduzidas, ele explica que teve que se adequar aos horários disponíveis para poder viajar.   

A estudante Fernanda Cavalcante disse que não teve nenhuma dificuldade para comprar a passagem, mas relata que poderia haver maior proteção contra o vírus. “As medidas de segurança estavam bem fracas. Conferiam a temperatura na entrada e era obrigado o uso de máscara, mas durante o percurso, muitos tiraram e ficou sem controle. Tinha zero distanciamento das poltronas e ocupação uma do lado do outro do mesmo jeito”, informou. 

Guilherme cita os mesmos detalhes sobre a sua viagem. “Só tinha álcool em gel e a orientação do motorista. Eu pensei que eles iriam botar uma pessoa em cada dupla de poltrona, mas foram pessoas lado a lado”.   

Na Rodoviária a estudante conta que passou pouco tempo, mas notou que estava mais vazia que de costume, o que contribuiu para um maior distanciamento social.  

A empresa que administra o Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, Socicam, reforça que todos os cuidados sanitários exigidos nos protocolos governamentais estão sendo adotados. O plano de biossegurança inclui avaliação de temperatura, exigência do uso de máscara, disponibilização de álcool em gel, instalação de pias externas para a lavagem das mãos e orientação sobre o distanciamento social.  

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