H3N2 no Ceará: sobe para 40 o número de casos confirmados

Mais de 170 infecções por influenza A, de vários subtipos, foram identificados no Estado, segundo a Secretaria da Saúde (Sesa)

Escrito por Theyse Viana , theyse.viana@svm.com.br
Pessoas circulando de máscara de proteção facial no Centro de Fortaleza
Legenda: Uso de máscaras, por exemplo, deve ser mantido até 2022 para prevenir Covid e doenças sazonais, segundo a Prefeitura de Fortaleza
Foto: Helene Santos

O Ceará já registra, em dezembro, 174 casos confirmados de influenza A, uma das principais doenças respiratórias que circulam no Estado. Do total, 40 infecções foram identificadas como H3N2, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

O avanço precoce do vírus respiratório em território cearense preocupa as autoridades de saúde, já que a pandemia de Covid ainda assola a população e que há possibilidade de aumento de casos no primeiro semestre do ano.

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Nem todos os casos foram subtipados, mas dos que foram, 40 são de H3N2. É importante dizer que as medidas de proteção, como uso da máscara, ainda são bastante eficazes. E a vacina também.
Ricristhi Gonçalves
Secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde

A secretária alertou, em entrevista na manhã desta quinta-feira (23), que "há vários vírus que podem provocar síndromes gripais" e que, por esse motivo, é preciso redobrar a atenção. "Os municípios ainda têm doses da vacina. Quem não fez imunização, principalmente idosos e crianças, deve fazer", frisa.

O alto número de casos de influenza A H3N2 já é verificado em outros estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, o que aumenta a probabilidade de disseminação também no Ceará.

Temos o antiviral nas unidades de saúde para os casos que podem se agravar. Temos condições de manejar os casos, não é para todo mundo ficar apavorado. A maioria dos casos não evolui para a gravidade.

No Ceará, até dia 4 de dezembro, apenas um paciente com H3N2 e outro com influenza B haviam desenvolvido Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os demais foram classificados como Síndrome Gripal (SG), com sintomas relativamente mais leves.

Os especialistas em saúde são unânimes quanto à necessidade de garantir a testagem de pacientes com sintomas gripais ou respiratórios, a fim de identificar qual é o real agente causador num contexto em que Covid, influenza, dengue, chikungunya, zika e outros vírus circulam.

Sintomas de influenza (gripe)

  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Dor no corpo;
  • Dor de cabeça.

Arboviroses

Na manhã desta quinta-feira (23), a Secretaria da Saúde divulgou um balanço dos casos de arboviroses no Ceará em 2021. A dengue ainda é a que predomina, com mais de 31 mil casos confirmados até este mês.

Na ocasião, a Sesa doou materiais de trabalho e equipamentos de proteção individual a agentes municipais que atuam no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses, e a outras doenças.

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