'Máquina do tempo': jornalista Taís Lopes recebe de professor carta que escreveu há 20 anos
Projeto reuniu 1.200 cartas, entre os anos 2000 e 2014. Dentre elas, estava a da jornalista do Sistema Verdes Mares
A jornalista Taís Lopes, de 31 anos, recebeu sua carta escrita há 20 anos, no projeto “Máquina do Tempo", encabeçado pelo professor Antero Macedo. A entrega foi uma surpresa da produção do CETV 2ª edição, da TV Verdes Mares, e exibida na noite desta quarta-feira (8).
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O projeto de cartas ocorreu entre 2000 e 2014, com os estudantes escrevendo desejos e ideias. A Taís esteve nas primeiras turmas da ação pedagógica. No texto escrito aos 11 anos, ela descreve como imaginava o mundo na próxima década.
"Oi, Taís. Beleza? Olha, aqui, em 2010, é o máximo. Já inventaram a cura para a Aids, os hospitais estão ficando maiores, os produtos estão mais baratos, estão preservando mais a natureza", listou.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, Taís disse saber ter escrito carta, mas não lembrava o conteúdo.
"Fique emocionada ao descobri-la e perceber que eu já tinha uma consciência social, que é tão importante para o Jornalismo”, disse.
“Também fiquei muito feliz em reencontrar o professor Antero. Gostava muito dele. Com ele, aprendi a gostar de História pela sua didática”, completou.
Projeto
Professor de História e Geografia, Antero Macedo batizou o projeto pedagógico de “Máquina do tempo”. Ele o desenvolveu em quatro escolas:
- Colégio Arminda de Araújo
- Colégio Christus
- Colégio Joviniano Barreto
- Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Paulo Ayrton de Araújo
Antero lembra que viu um professor universitário fazendo o projeto e decidiu reproduzi-lo.
Na época, os estudantes tinham entre 13 e 16 anos. “Eu chegava na sala de aula e perguntava se eles acreditavam na viagem da máquina do tempo. Começava, então, o debate", relembrou. "Depois, eu falava: 'e se eu dissesse que posso levar vocês para viajarem nela?' Aí eles se encantavam, eu explicava e fazia a proposta para eles escreverem sobre seus sonhos, que eu entregaria a carta anos depois”, completou.
Após pouco mais de duas décadas, com a ajuda do Colégio Joviniano Barreto, a entrega de 500 de 1,2 mil cartas guardadas ocorreu no último sábado (4).
O professor pretende organizar novos encontros para entrega das demais cartas até o fim julho de 2022. Depois disso, afirmou, queimará as cartas para que não parem nas mãos de outras pessoas. A divulgação ocorrerá através das redes sociais e grupos de ex-alunos, no aplicativo WhatsApp.
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