Fortaleza tem redução de 43,6% nos acidentes de trânsito até novembro

Nos últimos 11 meses, a Capital registrou 9.923 ocorrências contra 17.589 em igual intervalo de 2019, conforme balanço da AMC

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
acidente
Legenda: Acidentes com danos materiais também tiveram baixa de 58,3%
Foto: Gustavo Pellizzon

Fortaleza deverá encerrar o ano com uma significativa redução nas ocorrências de trânsito caso os indicadores atuais permaneçam em decréscimo. Isso porque ao longo dos últimos 11 meses, foram contabilizados 9.923 acidentes contra 17.589 em igual período de 2019 (janeiro-novembro), o que representa uma queda de 43,6%. Os dados são da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).

Conforme o levantamento do órgão, houve ainda baixa nos acidentes com vítimas, passando de 8.263 para 6.031, isto é 27% a menos, e naqueles com danos materiais, que representam um recuo de 58,3%. Foram 3.892 entre janeiro e novembro passados, enquanto em igual intervalo de 2019, o Ceará anotou 9.326 ocorrências dessa natureza.

A Capital também contabilizou neste ano uma diminuição de 11% nas mortes no trânsito. Segundo o balanço da AMC, que também inclui registros do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), 168 pessoas faleceram em acidentes viários. No ano passado, foram 189. 

Eficácia

O gerente de operações da AMC, André Luís Barcelos, considera que a baixa nos números se deve às múltiplas estratégias no trânsito, do ponto de vista educativo e estrutural.

“Tem ações de engenharia, de orientação e tem a fiscalizatória. Todas elas contribuem para que a gente tenha uma redução no nível de acidentes”, explica.

Para Dante Rosado, coordenador da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, a política de mobilidade desenvolvida nos últimos anos precisa continuar sendo executada com fins de preservar vidas no trânsito e estimular um comportamento sustentável da população.

“A gente vai ter um início de gestão que é alinhada com o atual prefeito, mas é importante que seja dada continuidade a essa política de segurança no trânsito que vem promovendo os modos de transporte sustentável, como a bicicleta, a caminhada e o transporte coletivo”, reforça.

Além do reordenamento viário, a exemplo da construção de ciclovias e ciclofaixas, áreas exclusivas para ônibus e ajuste de velocidade de veículos, o especialista alerta que a sociedade também é responsável pela eficiência das ações. Conforme atesta, só há resultados positivos nos indicadores se todos contribuírem com boas práticas no trânsito.

“A sociedade precisa entender que ela faz parte da solução. A gente só vai conseguir resolver o problema de mortos e feridos no trânsito se a população entender que ela faz parte da solução, cobrando do poder público ações de engenharia, fiscalização e também adotando comportamento seguro, seguindo as regras”, conclui. 

 

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