Festa dos Caretas celebra a cultura pelo bairro Henrique Jorge

A terceira edição da festa tradicional aconteceu pela primeira vez fora de seu bairro de origem

Escrito por Redação ,

A 3ª Festa dos Caretas mobilizou mais uma vez os moradores do bairro Henrique Jorge para celebrar a tradição folclórica neste sábado de Aleluia (31). As edições anteriores do evento tiveram como palco a praça principal do Henrique Jorge. Desta vez, a festa mudou-se para o Centro da Cidadania César Cals, no bairro Pici. 

O cortejo dos caretas aconteceu durante a manhã, por volta de 10h, nas ruas do bairro de origem. "O pessoal passa pelas casas pedindo doações, e muitas pessoas dão alimentos que depois a gente distribui para famílias carentes. O ato acontece como uma brincadeira, quem participa usa as máscaras que imitam bichos. São os caretas que conduzem o Judas à queimação", explica Poliana Santos, especialista em cultura folclórica, idealizadora e organizadora da Festa. 

A partir das 17h, o evento apresenta uma encenação da Paixão de Cristo e, mais tarde, a simbólica queimação de Judas. Grupos sociais como o Raízes Nordestinas e o Boi Juventude também comparecem à festa, que já chegou a reunir aproximadamente 400 pessoas. "Já tem bastante gente durante as apresentações, mas nós acabamos atingindo muitas outras pessoas durante o cortejo, visitando as ruas", diz Poliana. 

Oficina 

Além da celebração, o evento oferece uma oficina de confecção de máscaras dos caretas, também durante a tarde. A atividade tem como objetivo ensinar a jovens e crianças a respeito do folclore, enquanto estimula a prática de trabalhos manuais.  

A professora de educação infantil Alessandra Félix foi monitora da oficina em 2017, e destaca a importância desta para o aprendizado das novas gerações. "No bairro a gente não tem essas atividades culturais, por isso corre o risco de perder a tradição, muita gente não sabe nem o que é. No ano passado, as crianças que participaram se envolveram muito e guardam as máscaras até hoje, chegaram a confeccionar 100. Isso é extremamente importante para o resgate da cultura e da memória afetiva do bairro", explica. 

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