Explosão em fábrica de refrigerante atinge casas, assusta moradores e deixa um ferido em Fortaleza
Com o impacto da explosão, um cilindro de CO2 foi arremessado, passou por cima de um prédio de quatro andares e foi parar em outra rua. O Corpo de Bombeiros isolou a área
Uma explosão foi registrada em uma fábrica da empresa Mais Sabor Refrigerantes, por volta das 2h30 desta sexta-feira (17), no bairro Vila União, em Fortaleza.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa que trabalhava no local ficou ferida e foi encaminhada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), com uma laceração na testa e dores fortes no quadril. O funcionário do estabelecimento, que fica na Rua Esperanto, era o único que estava próximo ao local quando o incidente aconteceu.
Pelo menos quatro imóveis e dois veículos foram atingidos mais diretamente pela explosão, segundo a Defesa Civil. Com o forte impacto, árvores do entorno foram ao chão.
Segundo informações dos bombeiros, um cilindro de CO2 explodiu e, com o impacto, atingiu o muro de uma fábrica de confecções, que fica em outra rua. No local, um caminhão estacionado foi avariado.
"O cilindro de CO2 foi arremessado da empresa por mais de um quarteirão de distância. Ninguém acredita porque o cilindro rompeu, explodiu, foi pro ar e foi projetado um quarteirão depois. E passou por cima de um prédio de quatro andares", detalha o tenente-coronel Cláudio Barreto, superior de operações do Corpo de Bombeiros.
Moradores afirmaram que a explosão gerou um barulho muito forte e clarões no céu com coloração esverdeada. Muitos ficaram assustados com o barulho.
Equipes do Corpo de Bombeiros estão no local e isolaram a área. A Defesa Civil também foi acionada.
Um automóvel dirigido por um motorista de aplicativo também foi atingido pelos destroços arremessados.
"Eu ia pegar uma corrida aqui quando escutei o estrondo, caindo tudo por cima de mim bem na hora em que eu ia passando. Eu imaginei que um avião tinha caído, depois de ter batido no prédio. Graças a Deus que só o carro saiu quebrado; eu saí bem. Eu não tenho seguro e o prejuízo foi grande, mas ainda bem que o pior não aconteceu", afirma João de Fátima, motorista de aplicativo há cerca de um ano.
Danos da explosão
A explosão provocou danos à fiação elétrica, interrompendo o fornecimento de energia em ruas próximas ao local do incidente. Por isso, a Enel foi acionada. Em nota, a empresa de energia informou que alguns objetos arremessados chegaram de fato a atingir a rede elétrica. Mas equipes técnicas já estão no local "para normalizar o fornecimento de energia o quanto antes".
Proprietários de algumas casas próximas à fábrica ainda relataram aos bombeiros que a explosão formou rachaduras em seus imóveis.
Pedro Henrique mora em uma residência que fica logo ao lado estabelecimento. O impacto da explosão, segundo ele, foi tão forte que abriu um buraco no forro da casa, mas ninguém ficou ferido.
Recém-operada e assustada com a explosão, a mãe de Pedro chegou a passar mal e foi levada ao hospital. Ao longo da manhã, ela recebeu alta.
"Até eu que sou mais tranquilo fiquei nervoso. Em resumo, é um prejuízo muito grande, tem que chamar a perícia porque talvez a [estrutura da] casa esteja toda comprometida. O telhado afundou, tudo queimou, é uma experiencia que jamais quero ter de novo".
Agente da Defesa Civil em Fortaleza, Evaldo Fernandes informa que, além da fábrica, outros quatro imóveis foram mais impactados pela explosão. Uma equipe do órgão foi ao local fazer a avaliação geral do prejuízo.
"Aqui, além da fábrica onde houve a explosão do cilindro, quatro casas também foram atingidas, sendo que uma fica no outro quarteirão. Depois que o cilindro explodiu, voou e caiu em uma fábrica de confecção. Atingiu também parte da casa ao lado e duas casas aqui na [Rua] Almirante Rufino. Na fábrica tiveram danos na entrada, mais um caminhão que servia à empresa. E na casa vizinha, parte da coluna que segura a laje está danificada".
Aos moradores que se sentirem prejudicados, o agente orienta que procurem, inicialmente, os proprietários da fábrica. "Primeiro, a gente espera que a empresa causadora do estrago faça o acordo. Se não, a Defesa Civil vai e notifica para que ela faça a reparação dos danos. Por enquanto, estamos fazendo a avaliação dos riscos pra depois falar com os proprietários [da fábrica]".