Comércio atacadista tem funcionamento liberado na José Avelino

Apesar da liberação parcial das lojas, as feiras e as demais atividades informais realizadas nas ruas permanecem proibidas até então

Escrito por Redação ,
Pessoas andando na José Avelino
Legenda: O comércio atacadista poderá funcionar com limitação de 40% da capacidade máxima de atendimento nas lojas.
Foto: Camila Lima

A partir desta segunda-feira (3), o comércio atacadista de vestuários e acessórios no entorno da rua José Avelino, no centro de Fortaleza, poderá voltar a funcionar das 6h às 12h durante a semana. Já aos sábados e domingos, o horário permitido é das 7h às 12h. Todos os dias contam com limitação de 40% da capacidade máxima de atendimento.

Apesar da liberação parcial das lojas, as feiras e as demais atividades informais realizadas nas ruas permanecem proibidas por enquanto. As informações foram divulgadas em 1º de maio no Diário Oficial do Município, por meio do decreto Nº 14.998, assinado pelo prefeito Sarto Nogueira; pelo secretário municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão Marcelo Jorge Borges Pinheiro; e pelo procurador geral do município Fernando Antônio Costa de Oliveira.

Além disso, o isolamento social continua em vigor de segunda a sexta-feira das 20h às 5h, mantendo-se vedada a circulação de veículos e pessoas em quaisquer vias públicas, com exceção dos serviços de entregas e dos deslocamentos para atividades autorizadas ou em exercício de funções essenciais. Já no sábado e domingo, o horário de isolamento é das 19 às 5h.

“Durante essa abertura de atividades e isolamento social, a Secretaria Municipal da Saúde se manterá em alerta e atenta no acompanhamento dos dados da Covid-19, buscando sempre respaldar e conferir a segurança técnica às decisões de enfrentamento à pandemia”, pontua o documento.

O receito dos comerciantes

Para a comerciante Viviane Mota, proprietária de uma loja de roupas femininas próxima a José Avelino, o medo de “fechar de vez as portas” se faz presente. “O movimento caiu muito muito muito pela pandemia, porque as pessoas têm medo e muitas perderam o emprego também. Não tem mais aquele movimento de antes, muitas lojas fecharam”.

Viviane mudou a sua loja para o entorno da José Avelino, em janeiro deste ano, em busca de ampliar as suas vendas, que haviam caído no antigo endereço no bairro Sapiranga. “No começo do ano até que foi bom, aí quando começou a fechar tudo de novo, quando os casos começaram a aumentar, aí realmente as coisas desandaram”.

Loja da Viviane Mota
Legenda: Loja de roupas femininas da comerciante Viviane Mota.
Foto: Acervo Pessoal

“Muitas vezes é desesperador ver colegas chorando, não tendo da onde tirar seu sustento se não for pela loja, se não for pela José Avelino. Não tem outra opção. A gente chega e vê lojas e mais lojas sendo fechadas lá e é muito complicado, muito desesperador, porque a gente fica sem saber o que fazer”, explica a empresária.

“Muitos de nós não temos segunda renda, não temos segunda opção. Então a gente fica mesmo atados [de mãos atadas], o funcionamento caiu muito. Tenho funcionário e fica difícil até honrar com os pagamentos”, continua.

Apesar das dificuldades, a comerciante relata que continua esperançosa de que a situação venha a melhorar com o tempo. “A gente sempre tem que procurar ter esperança, né? Acreditar que as coisas vão melhorar, com a vacina também chegando, muita gente já foi vacinada. Então, a gente espera que as coisas melhorem”.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados