Camilo pede à Justiça exigência de teste de Covid ou vacinação completa para viagens ao Ceará
Decisão foi anunciada pelo governador em transmissão no início da tarde desta sexta-feira (6)
O Governo do Ceará deve entrar com ação judicial para exigir que passageiros de chegada em solo cearense tenham que apresentar exame PCR negativo para Covid-19 ou comprovar vacinação completa, com duas doses. O anúncio foi feito pelo governador Camilo Santana em transmissão nas redes sociais na tarde desta sexta-feira (6).
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A ação teria como objetivo evitar um aumento de casos da doença no Ceará, considerando a variante Delta do coronavírus, que já teve 15 casos confirmados localmente.
Além disso, conforme Camilo Santana, a intenção é reforçar a testagem de passageiros no Aeroporto Internacional de Fortaleza, bem como a fiscalização de passageiros provenientes de outros estados brasileiros.
"Isso é fundamental para ter esse controle da entrada de pessoas aqui no Estado", relatou Camilo sobre as medidas requisitadas com a ação judicial.
Além do pedido, foi anunciado a falta de flexibilização das medidas do decreto estadual, justamente por conta dos casos da nova cepa do Sars-CoV-2.
Casos da variante Delta
Os casos da variante Delta do Sars-CoV-2 confirmados em solo cearense são de passageiros procedentes de Rio de Janeiro, México, Recife e São Paulo.
Os contaminados e seus respectivos contatos são monitorados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Segundo o secretário, Dr. Cabeto, 5% dos passageiros e tripulantes de voos que chegam ao Estado são submetidos à testagem aleatória no Centro de Testagem do Aeroporto de Fortaleza.
Originária da Índia, a mutação do vírus é mais transmissível e obrigou a volta do lockdown em vários países.
Outras solicitações
Ainda em fevereiro deste ano, o governador Camilo Santana (PT) chegou a solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que passageiros chegassem testados ao Aeroporto Internacional de Fortaleza.
A solicitação, inclusive, não foi a única. Em outubro do ano passado, o governador já havia pedido o reforço do Governo Federal, que respondeu de forma negativa.