Mais de 347 mil chips de internet móvel serão distribuídos a alunos da rede pública de Ensino Médio e universidades estaduais do Ceará, de acordo com o governador Camilo Santana, em anúncio pelas redes sociais na manhã desta segunda-feira (9). O objetivo é que eles possam acompanhar as atividades acadêmicas de forma on-line.
Além de 338 mil alunos de Ensino Médio, serão contemplados 9 mil estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca), Universidade Estadual Vale do Acaraú (Uva) e Faculdades de Tecnologia Centec (Fatec). Cada aluno deve receber um SIM card 3G/4G que deve fornecer um pacote de 20 GB mensais.
A distribuição, segundo o Governo do Estado, será de:
12 mil do 6º ao 9º do Ensino Fundamental;
326 mil do 1ª a 3ª do Ensino Médio;
3.740 da Universidade Estadual do Ceará (UECE);
2.098 da Universidade Regional do Cariri (URCA);
1.551 da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA);
1.570 do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) e Faculdades de Tecnologia Centec (Fatec).
“Esse programa se iniciará por seis meses, mas depois deve se tornar política pública permanente para que alunos de escolas públicas e de baixa renda nas universidades tenham conectividade. A pandemia trouxe a necessidade de acelerar esse processo”, explica Camilo.
A titular da Seduc, Eliana Estrela, destacou que o programa pode "dar mais condições para que nossos alunos possam acompanhar as aulas com mais tranquilidade", para além do uso de livros didáticos. O investimento deve ser de R$30 milhões em seis meses. O processo está na fase de licitação.
Retorno às aulas
As aulas presenciais foram suspensas no Ceará em março, após a divulgação dos primeiros casos do novo coronavírus. Por decreto estadual, as escolas particulares foram autorizadas a voltar a partir do dia 1º de setembro com a educação infantil.
Em 1º de outubro, foi a vez do 1º, 2º e 9º ano do ensino fundamental (EF) e o 3º do médio com 35% da capacidade. Desde o último dia 26 de outubro, turmas do 3º ao 8º do EF também receberam liberação do Governo do Estado.
Embora a determinação contemple também a rede pública de ensino, a Seduc ainda não emitiu decisão sobre o retorno às aulas ainda neste ano. A volta nas redes municipais, segundo o Governo do Estado, fica a critério das próprias secretarias municipais de Educação. Fortaleza, por exemplo, já definiu que só retorna em 2021.