A tradição de queimar Judas continua forte em Fortaleza
A 24 edição da Malhação do Judas, na Praça da Gentilândia (Benfica) contou com o concurso de bonecos e teve um ato simbólico contra a homofobia
No Benfica, a tradição de queimar o Judas no sábado de Aleluia é levada muito a sério. Ou melhor, a brincadeira ganha ainda mais rituais e pessoas de todas as idades participam desde a quinta-feira da oficina de bonecos articulados com garrafas pet e até ao enforcamento e queima.
Este ano, o evento – que tem a organização do artista plástico Sérgio Marques – contou com a exibição dos bonecos, leitura do testamento (brincadeira em que os pertences do apóstolo são deixados como herança para personalidades), leilão das roupas do organizador com o objetivo de arrecadar dinheiro para o primeiro lugar, malhação do boneco, enforcamento e queima.
Dos 12 bonecos feitos durante a oficina, 4 concorreram ao premio: um refrigerante, um galeto, troféu e cerca de R$30. O primeiro lugar ficou com o Judas José, feito por três crianças do bairro e inspirado no pai de um deles.
O Judas Homofóbico foi queimado em praça pública em uma referência a queima dos preconceitos.