43 incêndios médios e grandes foram registrados no Cocó em sete anos

Secretaria lamenta falta de conscientização ambiental. O Parque Estadual do Cocó foi regulamentado somente em 2017; em outubro de 2021 houve admissão de 19 brigadistas para prevenção e combate a incêndios florestais

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Ciopaer realiza procedimento de rescaldo em área atingida por incêndio
Foto: FOTO: KID JÚNIOR

Mesmo com uma queda nos últimos anos em relação ao período anterior, os incêndios de médias ou grandes proporções ainda são recorrentes no Parque Estadual do Cocó. Foram 43 sinistros de médias ou grandes proporções entre os anos de 2015 e 2021, conforme a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). A falta de conscientização ambiental e de uma cultura de preservação são apontadas como algumas das causas para tantos riscos impostos à estação ecológica mais importante da Capital, embora regulamentada há apenas quatro anos.

O acompanhamento se dá pelo Programa de Prevenção Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna) regulamentado em 2018. No ano de 2015 foram registrados oito incêndios, com aumento para 15 eventos em 2016 e início de queda nos anos de 2017 (6) e 2018 (4) subindo para seis incêndios em 2019 e caindo para dois em 2020. Até este novembro, 2021 tem quatro sinistros com fogo registrados no Cocó, sendo o da noite da última quarta-feira o maior deles.

No trabalho de proteção do perímetro do parque estadual, a Sema afirma a realização de rondas periódicas semanais com fiscais próprios e agentes do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). São 30 quilômetros de gradis e cercas no perímetro da Unidade de Conservação que acompanha 20km do curso d’água do rio Cocó e possui uma área de 1.580 hectares, espaço que equivale a 2.225 campos de futebol.

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De acordo com a Sema, o trabalho ambiental é dificultado pela falta de uma cultura de preservação da natureza. “Convivemos com roubo de gradis - que são constantemente substituídos -  e algumas invasões, que prejudicam o nosso trabalho”, disse a instituição em nota. No último 29 de outubro, 19 brigadistas assinaram termo de admissão na função de Brigadista Florestal. Atuam na prevenção e no combate a incêndios florestais em atendimento à necessidade excepcional de interesse público, do Sistema Estadual do Meio Ambiente (Siema) e Unidades de Conservação (UCs) estaduais.

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