25 pacientes com sequelas da Covid-19 são monitorados no Hospital de Messejana após alta hospitalar

Atendimentos, iniciados desde julho, buscam monitorar a recuperação dos pacientes e tratar sequelas respiratórias e motoras em casos mais graves

Escrito por Redação ,
Legenda: Monitoramento busca acompanhar a evolução desses pacientes e tratar casos necessários, reduzindo as sequelas da Covid-19
Foto: Ascom/Hospital de Messejana

O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), em Fortaleza, acompanha 25 pacientes que tiveram Covid-19, receberam alta da própria unidade, mas ainda apresentam sequelas da doença. As consultas acontecem às quintas-feiras à tarde, com atendimento ambulatorial.

 

Conforme a coordenadora do Serviço de Pneumologia do HM, Dra. Penha Uchoa, a frequência do atendimento para cada paciente deve ser de três meses, enquanto para os casos mais graves, esperam realizar um retorno mensal. Nas consultas, os pacientes são avaliados clinicamente e, se necessário, encaminhados para a realização de exames, como tomografia e teste de função pulmonar.

“A pretensão é monitorar a evolução desses pacientes, intervir quando indicado e melhorar a qualidade de vida dos mesmos”, declara Penha Uchoa.

Durante o pico da Covid-19, o HM atendeu grande demanda de pessoas com o coronavírus. “Recebemos pacientes com insuficiência respiratória aguda muito grave, necessitando de suporte de oxigênio suplementar não invasivo ou ventilação mecânica”, aponta a doutora. Por conta desse quadro, optaram por acompanhar a recuperação das sequelas da doença.

O ambulatório, específico para atender essa demanda, funciona como um projeto assistencial e, também, de pesquisa. “É uma doença nova, a gente não sabe como esses pacientes vão evoluir ao certo”, aponta. Segundo o HM, os agendamentos são realizados semanalmente, buscando atender ao público necessitado.

Efeitos do coronavírus

No Ceará, conforme levantamento realizado pelo Sistema Verdes Mares, cerca de 52 pesquisas, em curso ou cadastradas, estão sendo realizadas em oito unidades hospitalares públicas do estado. O estudo parte de profissionais da saúde e estudantes de pós-graduação no Ceará, analisando os conhecimentos atuais sobre a doença e buscam melhorar o tratamento.

Na rede pública estadual, as pesquisas ocorrem no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, no Hospital São José, Hospital Infantil Albert Sabin, Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Leonardo da Vinci e Hospital de Saúde Mental de Messejana Professor Frota Pinto.

Em cenário municipal, há o Instituto Dr. José Frota, e em unidade vinculada ao Governo Federal, o Hospital Universitário Walter Cantídio. Ambos também realizam estudos em curso sobre a Covid-19.

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