Conheça a história de Naomi Osaka, a tenista consagrada que acendeu a pira olímpica

Atleta foi a primeira tenista a realizar ato tradicional das Olimpíadas

Legenda: Tenista é considerada atualmente a número 2 do esporte no mundo
Foto: Andrej Isakovic/AFP

A tenista Naomi Osaka, 23 anos, é uma das atletas mais populares das Olimpíadas de Tóquio. Primeira japonesa a conquistar o campeonato Grand Slam de tênis, Naomi foi a esportista escolhida para acender a chama da pira olímpica no tradicional evento de abertura das Olimpíadas, nesta sexta-feira (23). As informações são do portal G1.

Após acender a chama, a atleta afirmou que o ato foi o "maior prêmio e honra" que teria na vida. "Não tenho palavras para descrever os sentimentos que tenho agora, mas sei que atualmente estou cheia de gratidão e agradecimento. Amo vocês, muito obrigada", escreveu no Twitter.

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Quem é Naomi Osaka

Naomi é filha de imigrantes: a mãe é japonesa; o pai, haitiano. Embora tenha sido a primeira tenista a protagonizar o ato simbólico na cerimônia, a atleta não mora no Japão há anos — ela migrou para os Estados Unidos aos três anos, e lá vive até hoje.

A fama da tenista, porém, não está restrita às quadras do esporte. Osaka tem atuado no apoio a questões sociais, como desigualdade racial e saúde mental.

No último torneio de Roland Garros, a tenista decidiu não participar de coletivas de imprensa com o intuito de evitar estresse. A postura lhe rendeu diversas críticas, e ela chegou a ser acusada de estrelismo — os atletas são obrigados a conceder entrevistas após os jogos.

Na ocasião, Naomi chegou a publicar uma carta nas redes sociais. A atleta revelou estar passando por problemas com sua saúde mental, criticou a regra do torneio e afirmou que abandonaria a competição.

"Nunca banalizaria a saúde mental ou usaria o termo levianamente. A verdade é que tenho sofrido longas crises de depressão desde o US Open em 2018 e tenho tido muita dificuldade em lidar com isso", disse Osaka em 31 de maio.

No texto, a esportista ressaltou que, apesar de sempre ter sido tratada com gentileza pela imprensa do tênis, passava por "grandes ondas de ansiedade antes de falar para a mídia internacional". Ainda no escrito, Naomi se desculpou com jornalistas e fãs, pedindo "empatia".

Desde o episódio, a tenista está afastada das quadras em tratamento contra a depressão. O retorno, porém, ocorrerá nesta sexta.

Além do ativismo dentro e fora das quadras, a tenista ganhou espaço na mídia popular. Somente neste mês, ela foi capa da revista Vogue Hong Kong, lançou um documentário na Netflix e ganhou uma versão da boneca Barbie.

Noami Osaka na Vogue Japão
Legenda: Em junho, Naomi Osaka também estampou a revista Vogue Japão
Foto: reprodução/Instagram

Naomi no amor

De acordo com o portal Stylecaster, Naomi Osaka namora o rapper Cordae Amari Dunston, conhecido como YBN Cordae, indicado duas vezes ao Grammy. O casal está junto desde abril 2019. O relacionamento, porém, só veio a público no fim daquele ano, em dezembro.

O primeiro encontro do casal ocorreu no Staples Center, para um jogo do time de basquete Los Angeles Clippers. Do começo do namoro para cá, a tenista já chegou a ser referenciada pelo artista em algumas músicas, como "More Life" e "Dream In Color".

Apesar de ter começado a se encontrar com esportes sob pano de fundo, o rapper desconhecia a fama de Osaka antes da relação. Segundo a revista Marie Claire, YBN Cordae afirmou, em entrevista a uma revista estadunidense, que tênis não era seu esporte.

"Se você me perguntasse sobre tênis, antes de mergulhar nele por causa da Naomi, eu só poderia te citar os nomes de Venus e Serena Williams, sabe? Porque elas são apenas uma parte da cultura", revelou.

Revezamento da tocha

Até chegar a Osaka, a tocha olímpica passou por quebras de protocolo no revezamento e na tradição. De acordo com o Globo Esporte, o equipamento passou pelas mãos de estudantes, um médico e uma enfermeira até chegar à tenista — o objeto historicamente é carregado no estádio por atletas.

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Ainda segundo a publicação, a cerimônia específica para a tocha começou em 12 de março de 2020, nas ruínas do Templo de Hera, na Grécia. Mesmo com o número reduzido em razão da pandemia de Covid-19, cerca de 10 mil pessoas seguraram a tocha durante o revezamento.