Manifestações contra os cortes na Educação acontecem pelo Interior nesta quarta-feira (15)

Estudantes reivindicam, com cartazes e equipamentos de som, investimentos nas instituições de ensino

Escrito por Redação , região@verdesmares.com.br
Legenda: Estudem se reúnem para manifestação contra as medidas anunciadas pelo ministro da Educação.
Foto: Edson Freitas

Estudantes de instituições federais no Ceará se mobilizam na manhã desta quarta-feira (15), em diversos pontos do Interior, para protestar contra o corte de verbas para a Educação anunciado pelo Governo Federal. Faixas e cartazes marcam as caminhadas dos estudantes que também utilizam equipamentos de som nas manifestações.

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Cedro

No Cedro, região Centro-Sul, a concentração foi em frente o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Cedro. Os estudantes percorreram ruas da cidade com destino à praça Nilo Viana da Matriz. Contrários aos cortes, eles gritam “tira a mão do meu IF”.

Legenda: Estudantes manifestam contrariedade ao corte de verbas.
Foto: Marciel Bezerra

Juazeiro do Norte

Em Juazeiro do Norte, região do Cariri, a concentração começou às 8 horas, na Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 19). Nos cartazes, frases contra as medidas do Governo e em apoio às universidades. A organização estima que 10 mil pessoas participaram do ato.

Legenda: Mobilização percorre as ruas de Juazeiro do Norte
Foto: Antônio Rodrigues

Quixadá

Em Quixadá, conforme os organizadores do movimento, aproximadamente mil participantes protestam contra os cortes na Educação. Estudantes, professores e servidores das instituições públicas de ensino superior participam do ato. "Nós estamos nesse movimento em prol da educação, queremos salientar que a educação forma o país", destaca a estudante de geografia, do IFCE de Quixadá, Suziane Martins. A Polícia Militar não divulgou a estimativa de público na manifestação.

Legenda: Estudantes dos campis de Quixadá também se mobilizam nesta manhã.
Foto: Alex Pimentel

Iguatu

Em Iguatu, Centro-Sul do Estado, a concentração aconteceu na Praça Gonçalves de Carvalho, centro comercial da cidade, com faixas e cartazes sobre a paralisação.

Os manifestantes protestaram contra o Governo Federal, em relação às medidas de corte de 30% das verbas das universidade federais, contra a reforma da previdência social e redução em investimentos na educação básica.

Cerca de mil pessoas, entre professores, alunos, pais de estudantes, líderes sindicais participaram da manifestação. Por volta das 9h30 o grupo seguiu em caminhada pelas ruas do centro, até a Praça da Matriz, onde aconteceu o encerramento. O comércio funciona normalmente.

Legenda: Em Iguatu, a manifestação reuniu professores, alunos, pais de estudantes e líderes sindicais.
Foto: Wandenberg Belém

Sobral

Na região Norte, em Sobral, os manifestantes andaram pelas ruas do Centro em pontos como Becco do Cotovelo, Praça da Igreja do Rosário e Praça de Cuba onde foi a maior concentração.

Legenda: Protestos contra os cortes na Educação também mobiliza estudantes em Sobral.
Foto: Vc Repórter

Icó

Por volta das 8h, professores, estudantes das redes municipal e estadual, sindicalistas e movimentos sociais começaram a percorrer nas ruas de Icó, na região Centro-Sul. O ato teve início na sede do sindicato dos servidores públicos municipais.

Dois caixões de representaram a reforma da previdência e o dinheiro dos cofres públicos do município. Cerca de 100 pessoas formavam a caminhada.

Legenda: Além de protestar contra os cortes de verbas, os docentes de Icó pediam maiores investimentos para a Educação.
Foto: Vc Repórter

Tauá

Professores e estudantes do campus do IFCE de Tauá, na região dos Inhamuns, do campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da rede municipal de ensino promoveram manifestação pelas ruas da cidade.

Segundo o professor Auci Oliveira, dirigente sindical, a adesão é maciça de professores de todas as modalidades de ensino. A manifestação começou por volta das 8h com concentração na Praça Capitão Citó. Em seguida os manifestantes caminharam pelas ruas do Centro, retornando à Praça, onde houve continuação do protesto.

A estudante do campus do IFCE, Renata Lima, destacou a mobilização como forma de luta em defesa do Instituto. "Se os cortes ocorrerem de verdade, os Institutos vão ter dificuldades de ofertar ensino de boa qualidade, a Educação pública, os alunos e o Brasil vão perder muito", disse. "O nosso objetivo é protestar contra o desmonte na Educação e contamos com a adesão de alunos e professores de outras instituições", conclui.

Legenda: Em Tauá, a concentração aconteceu na Praça Capitão Citó.
Foto: Raimundo Vitor / Elino Junior

Instituições de Educação

A Universidade Federal do Ceará (UFC) disse, por meio de assessoria, que os serviços dos campi, como as bibliotecas, funcionam, mas parte dos professores liberou os alunos das aulas.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) informou que as escolas da rede pública estadual cearense têm autonomia para aderir às manifestações. A Seduc ressalta que não haverá prejuízos para a aprendizagem dos alunos, cumprindo com 200 dias letivos estabelecidos.

A Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc) estima que cerca de 40 municípios aderiram à paralisação. Conforme a Apeoc, mais de 20 mil pessoas foram mobilizadas em todo o Ceará, dentre profissionais de educação, estudantes, movimentos estudantis e sindicatos. Além dos atos na rua, estão acontecendo assembleias dentro de algumas escolas paralisadas.

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) informou que não houve manifestação oficial da instituição. Pórem, a Unilab informou que muitos servidores aderiram a paralisação e participam de eventos tanto em Fortaleza como em Redenção. Oficialmente, a Unilab encontra-se em "funcionamento normal", mas muitos setores devem estar com pessoal reduzido ou fechados nesta quarta-feira (15).

Já a direção do Instituto Federal do Ceará (IFCE) disse que as manifestações são de caráter individual de estudantes e servidores, não institucional. A direção do IFCE informou ainda que compreende os motivos que estão mobilizando estudantes e servidores a protestar contra o bloqueio orçamentário imposto.