Mesmo com a instalação de grades, aglomerações continuam em comércio de peixes no Mucuripe

A movimentação no local começou por volta das 3 horas da manhã desta sexta-feira (10), feriado da Semana Santa

Escrito por Redação ,
Legenda: Mesmo com a presença da PM, o fluxo na faixa de areia do Mucuripe se manteve intenso, desde a madrugada
Foto: Foto: José Leomar

Mesmo após a Prefeitura de Fortaleza instalar, na noite desta quinta-feira (9), grades no entorno da faixa de areia onde é realizado o comércio de peixes, na Praia do Mucuripe, as aglomerações continuam. A movimentação no local começou por volta das 3 horas da manhã desta sexta-feira (10), feriado da Semana Santa, e se manteve intensa nas primeiras horas do dia.

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A demanda pelo pescado durante a Páscoa, assim como nas semanas que a precedem, é tradicionalmente maior. Pensando nisso, foram instaladas as grades, com o objetivo de controlar o fluxo e permitir um distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, mitigando assim a trasmissão do novo coronavírus, informou a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis).

Além dos funcionários da Agefis para organizar o acesso às banquinhas de venda do peixe, formando grupos de 20 consumidores por vez, havia guardas municipais e homens da Polícia Militar na Praia do Mucuripe na manhã de hoje. Mas, ainda assim, o grande número de pescadores e demais visitantes se aglomeravam, sem respeito ao distanciamento mínimo, recomendado pelos órgãos de saúde. 

Fluxo intenso se repete 

Nestas últimas semanas que antecedem a Semana Santa, um dos períodos do ano mais rentáveis para os pescadores, vêm sendo recorrentes os registros de aglomerações de comerciantes, consumidores e profissionais do ramo na Praia do Mucuripe.

A situação pode gerar multa e reclusão, de acordo com o decreto assinado no último dia 19 de março pelo governador do Estado, Camilo Santana. No documento, uma medida para impedir aglomerações foi tomada e determina o fechamento do estabelecimentos comerciais no Ceará até o próximo dia 20 de abril. 

A permanência do comércio na região, mesmo durante a pandemia da Covid-19, se deve porque "o pescador precisa sobreviver e não pode ser proibido de pescar", justificou em outra ocasião o presidente da colônia de pescadores Z-8, do Bairro Vicente Pinzón, Possidônio Soares.

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