Madrasta suspeita de envenenar dois enteados teria dado querosene a criança de seis anos

Menino também seria enteado de Cíntia Mariano e meio-irmão de um filho dela

Escrito por Redação ,
madrasta Cíntia Mariano Dias Cabral
Legenda: Mulher teria misturado chumbinho ao alimento dos filhos do atual marido
Foto: Reprodução

O filho da autônoma Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, informou à Polícia Civil, que a mãe pode ter envenenado com querosene uma criança de seis anos. A vítima era meia-irmã dele por parte de pai. O caso ocorreu há 20 anos, muito antes de a mulher ser presa por suspeita de colocar chumbinho no feijão de dois enteados. 

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Cíntia também é investigada por envenenar o então namorado Pedro Jose Bello Gomes, de 64 anos, no dia 29 de setembro de 2018. Ela e o dentista estavam na varanda do apartamento na esquina do Recreio dos Bandeirantes, no Rio, quando ele passou mal. O homem chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

A morte dele foi lavrada no 14º Registro Civil de Pessoas Naturais por acidente vascular cerebral hemorrágico e de hipertensão arterial sistêmica. 

Chumbinho

Foi o filho de Cíntia, inclusive, quem contou à polícia que a mãe confessou ter dado chumbinho a Fernanda Cabral, de 22 anos, e Bruno Cabral, de 16 anos, que passou mal, ficou internado, mas conseguiu se recuperar.

Segundo o delegado, Flávio Rodrigues, a mulher acusou o próprio filho do envenenamento de Fernanda e Bruno. 

“Informalmente, para a nossa equipe, ela quis atribuir o fato ao próprio filho. Dizendo que foi o próprio filho que teria envenenado os enteados. Ela quis se eximir da responsabilidade atribuíndo ao próprio filho”, disse o delegado.

Vítimas

Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, faleceu no último dia 28 de março, depois de ficar internada por quase duas semanas em um hospital da rede pública do Rio de Janeiro. A jovem foi hospitalizada depois de passar mal em casa. Foi o pai quem a teria socorrido depois de encontrá-la no chão do banheiro, encharcada de suor, dificuldade para respirar, com a língua enrolada e a boca tomada por espuma.

Sem diagnóstico, ela não respondeu ao tratamento e morreu no hospital. Em seu atestado de óbito consta que a morte se deu por falência múltipla dos órgãos em decorrência de causas naturais. Sem indício de crime, o corpo dela não foi submetido a necropsia.

O adolescente Bruno,de 16 anos, apresentou sintomas parecidos aos da irmã logo após almoçar na casa onde o pai vive com a madrasta. Ele também chegou a ser hospitalizado, mas ao contrário de Fernanda, sobreviveu. Isso porque ele próprio foi capaz de apontar para a mãe a hipótese de que Cintia houvesse adicionado veneno à comida que lhe foi servido por ela.

Cíntia está presa temporariamente desde a última sexta-feira (20) e foi mantida em cárcere pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), após audiência de custódia na tarde do domingo (22). Ela nega o crime. 

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