Estudante de medicina da USP é indiciada após desviar quase R$ 1 milhão de comissão de formatura

Alicia é suspeita de apropriação indébita do valor. Investigações apontam que jovem usou parte do dinheiro com despesas pessoais

Escrito por Redação ,
Estudante de medicina investigada
Legenda: Diretoria da Faculdade de Medicina enviou um comunicado aos professores sobre o caso investigado pela Polícia
Foto: Reprodução

A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Alicia Dudy Müller Veiga, 25 anos, foi indiciada por suspeita de apropriação indébita de R$ 1 milhão do fundo de comissão de formatura da própria turma. O inquérito da Polícia Civil foi encaminhado ao Ministério Público de SP. As informações são da Folha de S.Paulo.

A jovem declarou que buscou investir o valor, mas perdeu dinheiro por não ter conhecimento em finanças. Posteriormente, tentou recuperar o valor perdido jogando na loteria. Alicia chegou a ganhar cinco vezes na loteria em 2022. 

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No entanto, investigações conduzidas pelo 16º Distrito Policial apontaram que a estudante também usou parte do montante para cobrir despesas pessoas. Os gastos no cartão de crédito subiram de R$ 2 mil para R$ 7 mil

A Promotoria analisará as informações colhidas para decidir entre realizar uma denúncia ou solicitar mais investigações no caso. 

Arrecadação

De acordo com membros da comissão de formatura, o dinheiro para a formatura vinha sendo arrecadado pela empresa Ás Formaturas há quatro anos. No fim de 2021, Alicia, que era presidente da comissão, solicitou a transferência dos valores para uma conta pessoal dela sem o aval de outros estudantes integrantes do grupo.

"Ninguém sabia até o dia 6 de janeiro de 2023 que ela havia retirado dinheiro da conta da Ás", disse um representante da comissão que não quis ser identificado. Foi nessa data que Alicia, por meio de uma mensagem de Whatsapp no grupo da comissão, afirmou ter perdido todo o dinheiro.

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Em nota assinada por todos os alunos da comissão, o grupo afirma que Alicia descumpriu "o Estatuto ao movimentar esse montante sem a assinatura de nenhum outro membro e transferindo-o a uma conta pessoal sua" e que "a atitude não representa moral e eticamente a postura dos demais membros desta comissão e os mais de 110 alunos aderidos".

Aos colegas, Alicia declarou que sacou o dinheiro da conta da empresa porque ela não estava prestando um bom serviço e decidiu investir o recurso junto à corretora Sentinel Bank, de quem teria, posteriormente, sofrido um golpe.

A estudante investigada diz que a instituição financeira sumiu com cerca de R$ 800 mil e que o restante do valor foi gasto por ela com advogados para tentar reaver a quantia. Questionada pelos demais alunos sobre os comprovantes, ela afirma não ter o contrato de prestação de serviços com o Sentinel Bank porque o documento teria sido levado em um assalto que ela sofreu.

 

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