Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa é expulso da PM no Rio de Janeiro
A decisão, segundo a Polícia Militar, foi tomada na quarta-feira (8)
O sargento reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, após decisão tomada pela corporação nessa quarta-feira (8).
Segundo a decisão, publicada no boletim interno da PM, a conduta do agora ex-policial foi “execrável”, com a decisão sendo tomada “a bem da disciplina” da corporação.
Além disso, Lessa é acusado de descumprir preceitos éticos e estatutários, obrigatórios a todos os oficiais da Polícia Militar. O processo administrativo em questão se arrastava desde 2021.
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Conforme publicação do UOL, que entrou em contato com a defesa de Lessa, a decisão ainda não teria sido informada oficialmente. Apesar disso, a equipe do ex-policial revelou que recorrerá caso a expulsão tenha sido consumada.
Recurso negado
A Justiça do Rio de Janeiro negou, na última segunda-feira (6), recurso da defesa e manteve as prisões preventivas de Lessa e do ex-policial militar Élcio Queiroz, outro acusado dos assassinatos.
O pedido dos advogados alegava excesso de prazo para o marcar o julgamento. Segundo o juiz Gustavo Gomes Kalil, a demora se devia "aos sucessivos recursos contra a sentença de pronúncia".
Enquanto isso, a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro também condenou Lessa em agosto de 2021 por tráfico internacional de armas. A esposa dele, Elaine Pereira Figueiredo, foi absolvida do caso.
A pena em questão foi de cinco anos de prisão pela importação de 16 peças de fuzil em 2017, apreendidas vindo de Hong Kong no Aeroporto Internacional do Galeão.
Morte de Marielle
A vereadora do RJ Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados na noite de 14 de março de 2018 no Estácio, na região central do Rio de Janeiro.
A assessora de Marielle também estava no carro, mas sobreviveu. Os três foram cercados dentro do veículo em que estavam e receberam diversos disparos. Marielle foi atingida por quatro tiros, três na cabeça e um no pescoço.
Pouco antes do crime, Marielle participou de um evento na Casa das Pretas, na Lapa, no Rio de Janeiro. As imagens de câmeras de segurança mostram quando ela entra no carro e um outro veículo começa a tocaia.